Shared posts

03 Jan 13:48

Bro-job: Classic movies subtitled so that ‘bros’ can understand them


 
This compilation of some of the most famous scenes in cinema history subtitled so that the typical Ed Hardy devotee can understand them is awfully good—the only flaw is that it’s not longer! Chinatown, Gone with the Wind, and 2001: A Space Odyssey—now, they’re not just for high school graduates anymore!

Mike Lacher, who put this assemblage together, has also written a “bro” version of Jack Kerouac’s On the Road called—you guessed it—On the Bro’d. You can read some excerpts on Lacher’s website. It’s been so long since I’ve read On the Road that I can’t assess this translation adequately, but if it’s anything like “Classic Movies Subtitled for Bros,” it’s probably excellent. The only question would be if the gag runs dry after a few chapters.

In any case, the best bro-subtitling job in the montage is on Mr. Smith Goes to Washington, a movie I don’t think very much of, even if that one scene (the one in this clip) is admittedly pretty great.

You can set up Google so that the default language in the Settings is “Bork, bork, bork!” (Swedish chef), “Elmer Fudd,” “Hacker,” or “Pirate.” How long until “Bro” makes that list?
 

03 Jan 13:34

nuevasensaciones: A Serious Man (2010) dir. Joel & Ethan...











nuevasensaciones:

A Serious Man (2010)

dir. Joel & Ethan Coen

Accept the mystery

03 Jan 13:33

Isolation Research

by Acid Sweat Lodge

03 Jan 13:14

mythologyofblue: Irene Suchocki, Ordinary Silence, Iceland,...



mythologyofblue:

Irene Suchocki, Ordinary Silence, Iceland, June 2013

02 Jan 20:17

Da Escrita

by Pablo Villaça

De Gary Provost (tradução minha):

“Esta sentença tem cinco palavras. Aqui estão mais cinco palavras. Sentenças com cinco palavras funcionam. Mas várias consecutivas trazem monotonia. Ouçam o que está acontecendo. A escrita está ficando entediante. Seu som vira um zumbido. É como um disco quebrado. Os ouvidos exigem alguma variação. Agora escute. Alterando a duração da sentença, eu crio música. Música. A escrita canta. Ela ganha um ritmo prazeroso, uma melodia, uma harmonia. Eu uso sentenças curtas. E então uso sentenças de extensão mediana. E às vezes, quando estou seguro de que o leitor está descansado, eu o envolvo em uma sentença de considerável extensão, uma sentença que queima de tanta energia e que ganha força com o ímpeto de um crescendo, como o rufar de tambores. A explosão dos pratos de uma bateria – um som que diz: ‘ouça isto, é importante’”.

Ou, como disse simplesmente Thomas Mann:

“O escritor é aquele para quem escrever é mais difícil do que para todas as outras pessoas.”

02 Jan 20:15

Aerochrome Landscapes

by Amy Wolff
© Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff © Daniel Zvereff

Brooklyn, New York-based photographer, designer and illustrator Daniel Zvereff documents his extensive travels by combining his artistry skills into journals, sketches and photographs. Zvereff experiments a lot. For his latest project, “Introspective,” he traveled to the far corners of the earth shooting some of the last remaining rolls of Kodak’s Aerochrome film. Aerochrome, according to Kodak, is false-color reversal film intended for various aerial photographic applications, such as vegetation and forestry surveys, hydrology, and earth resources monitoring. Zvereff used the film after seeing a friend’s slides on a light box. “It felt like pure magic,” Zvereff tells PDN via e-mail. “The fact that the film no longer exists made me want to do something special with what was remaining. Greenland was that special place…

Change throughout the Arctic is inevitable. With ice melting, traditional hunting is near impossible. In the same vein, the ice melt has opened natural resources to mining and oil companies; Greenland’s economy and therefore, it’s social makeup, is shifting from an industry of hunting to an industrial Greenland of mining and oil. My hope is to continue the series next summer, to capture more of the Canadian arctic, and take it further North in Greenland as well.”

 

02 Jan 20:03

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02 Jan 19:58

França quer pagar para quem for ao trabalho de bicicleta

by Luiz Genro

Categoria: 

Transporte
Sugerido por Marco St.
 
Uma ideia simples, barata e com inúmeros benefícios
 
Achei a idéia muito boa e caíria como uma luva em qualquer grande cidade brasileira.
 
França pretende pagar para quem for trabalhar de bicicleta
 
Do El País
 
Em troca de subsídios dados às empresas, trabalhadores receberiam 21 centavos de euro por quilômetro percorrido.

leia mais

02 Jan 19:22

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02 Jan 19:19

O recuo conservador à esquerda — II

O gigante acordou, mostrou sua cara feia e espantou muita gente bem intencionada. É hora de voltar a mostrar coragem: cara feia ainda é fome. Por Acauam Oliveira e César Takemoto


Leia aqui a 1ª parte deste artigo.

2. E se o verdadeiro recalque do Morcegão não for o Robin? A travessia do fantasma

O movimento aqui proposto se estrutura numa das noções da cura psicanalítica, a tal “travessia do fantasma” lacaniana (retomada por Richard Boothby e Zizek), e implica uma estrutura dupla da fantasia: ”’atravessar a fantasia’ não significa que o sujeito de alguma forma abandona seu envolvimento com os caprichos ilusórios e se acomoda a uma ‘realidade’ pragmática, mas exatamente o contrário: o sujeito se submete ao efeito da carência simbólica que revela o limite diário da realidade diária.” [1] Desse ponto de vista, o Tropa de Elite I faz “má psicanálise”, porque o seu efeito prioritário é justamente o de uma “acomodação a uma realidade pragmática”, ou seja, não realiza efetivamente a travessia da fantasia e, com o Tropa de Elite 2, se distancia ainda mais dela.

Num quadrinho de fã recente (The Deal ), a travessia do fantasma se realiza numa história de super-herói em que o Batman, num momento chave (o Coringa havia esquartejado o Alfred, fazendo com que Bruce perdesse o pai pela segunda vez), reconhece o vínculo profundo de amor que existe entre ele e o Coringa. Aqui o homem-morcego não apenas impede que o Coringa despenque das alturas para a morte certa, repondo a cena fatídica do Cavaleiro das Trevas (Dark Knight)) segurando-o pela mão, como expressa a própria impossibilidade desse amor saltando junto com ele para morte certa, ainda de mãos dadas, expondo justamente essa falha do simbólico (que não pode acolher o “real” desse amor).

Digamos então que no Tropa de Elite I o público é levado a segurar a mão do Cap. Nascimento, a lhe dar apoio, compreendê-lo como figura trágica, sublimá-lo como figura ética, mas não a reconhecer seu amor por ele e o abismo que se segue a esse reconhecimento mesmo. O filme é crucial, pois trata-se de reconhecer um momento do cinema industrial no qual o paradigma da “dessublimação repressiva” (“de esquerda”, na taxonomia do Antonio Prata) converte-se em “sublimação repressiva” (“de direita”, no mesmo sistema classificatório) novamente (a sublimação clássica da psicanálise freudiana), com a diferença de que aqui ela não projeta mais nenhum horizonte civilizatório, mas a eterna luta do bem contra o mal. Incapaz de atravessar o fantasma, o impulso ético esquerdista xinga, joga pedra e se põe acima da brutalidade reinante. Confrontar a fantasia é a lição que se pode tirar de tudo isso. Quando a teoria cinematográfica francesa (para simplificar bastante um debate complexo) encastelou-se na sua valorização do cinema de vanguarda no fim dos anos 60, começo dos 70, uma outra teoria se articulava e se perguntava se era realmente útil simplesmente recusar o cinema industrial “ilusionista”. É aqui que a teoria lacaniana pode ajudar. Ao invés de apostar incondicionalmente num cinema que a todo o momento deve demonstrar ostensivamente ser uma ilusão (“era tudo ironia”…), desconstruindo e expondo os seus procedimentos mesmos, não caberia reconhecer, e criar mecanismos para pensar, que era o próprio cinema industrial ilusionista que confrontava de maneira mais aberta e direta a dimensão mais traumática do fantasma, das aparências como aparências, como aparições? Ou seja, como reabilitar uma dimensão emancipatória da identificação?

3. Quanto vale um país cronicamente inviável?

A esse respeito, e servindo como contra-exemplo, podemos dizer que o mergulho a fundo na violência informe protofascista da sociedade brasileira é a especialidade de Sérgio Bianchi. Seu cinema aparece como uma maneira de, sem simplesmente negar a tradição vanguardista, investir nos materiais mais regressivos dos fantasmas da classe média brasileira, sistematicamente se recusando a “voltar para o aconchego” da posição segura-de-si “esquerdista”.

O próprio derrotismo da classe média torna-se meio de vida confortável: a madame que em Cronicamente Inviável sonha em drogar os pobres para que estes morram com eficácia e felicidade capitaliza uma ONG para fazer o mesmo no Quanto Vale ou É por Quilo?, enquanto a dominação e a violência como alimentos da reflexão são alternadas com a venda de órgãos de crianças pobres pelo intelectual. Uma a uma, as fantasias compensatórias do espectador de cinema nacional são conspurcadas: o teatro e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) são comandado por líderes parasitas e autoritários, o cinema é pura negociação de políticas públicas, os homossexuais só sabem se vender como carne num açougue barato, os miseráveis são massacrados quando não iludidos, os pobres só querem manter o pouco que têm, os ricos… bem, enriquecer também não é viável sem passar a perna nos outros e se aliar aos inimigos. A enxurrada de clichês [2] que se encadeiam capta e esmaga as fantasias do espectador, obrigado a reagir a cada uma delas sem que ele tenha uma resposta sistemática ao todo. Imbricado de modo irremissível nessa sobreposição de horrores, sua resposta consiste em negar o todo do filme (ou o cinema de Bianchi, pura e simplesmente) ou compreender a sua parte naqueles horrores mesmo.

E talvez seja algo próximo disso o que faz, por exemplo, o Reinaldo Moraes do Pornopopéia, ao confrontar as fantasias obscenas da classe média, mais especificamente da elite cultural branca, masculina e decadente – em oposição à “nova classe média”. É também o fantasma da classe média que se projeta sobre a família “classe C” dos Inquilinos. E mesmo sendo ainda muito cedo para afirmar qualquer coisa, podemos pressupor que, no Jogo das Decapitações, Bianchi parece pretender não apenas acertar as contas com a própria obra, mas também com a esquerda-torturada-na-ditadura-que-está-no-poder (e o aconchego abafado de viver na sua sombra), com a figura do loser no cinema brasileiro contemporâneo, com a USP, com a guerra intestina dos pobres contra os pobres, com a classe C-novo rico, tudo num jogo fantasmagórico de decapitações que confronta múltiplos fantasmas e atravessa alguns deles… Quem viver verá.

4. Fantasmas sertanejos

E o mesmo recuo ideológico não pode ser lido na própria relação de “superação intertextual” que há entre Os Sertões, do Euclides da Cunha, e o Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa? Não é verdade que o trauma de Canudos e o fantasma da recém-constituída República Brasileira são melhor confrontados pelo positivismo de Euclides do que pela inventividade linguística rosiana e a sua correspondente mitologização do sertão? Não poderia a linguagem do Euclides bem nos figurar hoje como a correspondente “dos mapas de estado-maior e da vontade de dominar a silva horrida por meio da tecnologia e de um volumoso aparato militar” [3]? Uma linguagem e uma tecnologia que se armavam contra o próprio fantasma da elite modernizadora nacional, ou seja, o confronto com o real da geografia física e humana do país, com o “medo de perder-se no ‘labirinto de montanhas’ , no ‘labirinto de veredas’ e no ‘labirinto das vielas’ da ‘urbs monstruosa’, espaço anárquico de uma população depauperada e crescente que escapava ao controle e era o oposto dos ideais de ordem e progresso” [4]? Não estaria também essa fantasia de controle do outro monstruoso na estruturação do gozo coletivo propiciado pelo primeiro Tropa de Elite? Seria a perspectiva rasteira da narrativa-rio inventada por Rosa (em oposição à perspectiva aérea de Euclides) uma travessia do fantasma ou um deslocamento mitologizante (Grande Sertão: Veredas e Casa-Grande e Senzala: “o paralelismo entre os dois títulos é perfeito, em termos semânticos, sonoros e métricos” [5]) cuja função é encobrir o núcleo traumático de Canudos num trabalho de simbolização/conversa/aproximação infinito? (A pergunta não é retórica, mas a resposta dependerá de uma leitura radicalmente impiedosa desse grande romance.)

Por outro lado, não é o próprio Rosa que fundamenta o seu retrato do Brasil através de uma encenação do “sistema jagunço”, “uma instituição no limiar entre a lei e a ilegalidade, onde a transgressão é a regra e a guerra é permanente” [6]? E não é (mais ou menos) assim que o Tropa de Elite 2 reapresenta o problema também? Digamos então que a sofisticação na forma de apresentar os problemas não necessariamente leva ao confronto mais efetivo do núcleo básico das contradições e, ainda que possa satisfazer as plateias mais exigentes, pode implicar em simples repetição mítica do mesmo. Não deixa de ser uma ironia objetiva o fato de que a grande invenção da prosa rosiana termine, em termos de “enredo”, com o casamento padrão sacramentado na propriedade, como no caso daquele conhecido sargento de milícias, no tempo do Rei.

5. O gigante acordou: corre que é fria!

Pode dizer-se que o gesto, entre recusa e medo, tanto de Padilha quanto de Antonio Prata, é bastante similar ao movimento de parte das esquerdas nas manifestações de junho, que, diante do caráter terrível e protofascista do gigante acordado, passou por um processo de hipercorreção que via possibilidades de golpes à direita por todos os lados, optando por recuar estrategicamente diante da incapacidade de uma real articulação de suas bases (que haviam gerado o movimento inicial). Reconheço que eu mesmo fui um dos que assumiram, como um reflexo, que era necessário recuar em certo momento das jornadas de junho, no qual a esquerda passava a temer pela massificação crescente das manifestações, projetando sobre elas o seu fantasma fundamental, o fantasma do golpe de 64. Era de certa forma evidente que ela não teria força para politizar o país, ou pelo menos o país que segurava a mão do Nascimento e da luta contra a corrupção (outro fantasma que não se atravessa). Aliás, o golpe não veio, mas o enquadramento narrativo dos protestos foi sequestrado com sucesso pela direita. O que resta de radicalidade — anticapitalista de algum modo — nas manifestações atuais é imediatamente identificado com a fissura excessiva dos black block, interpretados como marginais inconsequentes e perturbadores da ordem pública. Ou seja, diante do abandono de campo pela esquerda — após uma série de conquistas fundamentais, lembrando que os preços das passagens de ônibus e dos pedágios intermunicipais continuam congelados e que a onda de protestos ainda não se esgotou — a direita pode reorganizar-se e assegurar a hegemonia da sua versão da história.

Ampliando, assim, o escopo para o campo dos movimentos sociais, percebe-se melhor o quanto esse recuo conservador à esquerda, que se estrutura em diversos segmentos culturais e sociais no país, se configura enquanto sintoma de um processo mais amplo de afastamento da esquerda de suas bases, conduzindo no limite ao estranhamento e a certa incapacidade de construção de elementos mediadores que tornem possível o processo de identificação, que tende a se realizar, então, à direita.

O gigante acordou, mostrou sua cara feia e espantou muita gente bem intencionada. É hora de voltar a mostrar coragem: cara feia ainda é fome.

Notas

[1] Richard Boothby, Freud as Philosopher, Nova Iorque, Routledge, 2001, pp.275-6, citado por Slavoj Zizek, “Paixões do Real, paixões do semblante” em Bem-vindo ao deserto do Real! São Paulo: Boitempo, 2003, p. 32.
[2] Ainda que o uso de clichês seja sistemático em Bianchi, o seu método caótico de combiná-los nas cenas lhes subtrai o caráter de fácil interpretação, e na verdade tende a exacerbar ao máximo a tensão hegeliana entre enunciados — tanto em forma de falas e sons quanto de olhares — e posições de enunciação.
[3] Faço aqui uma apropriação das considerações e citações de Willi Bolle, “O sertão como forma de pensamento” em grandesertão.br. São Paulo: Duas Cidades/34, 2004, p. 78-9.
[4] Bolle, Idem.
[5] Bolle, Ibid., p. 282.
[6] Bolle, “O sistema jagunço”, Ibid., pp. 91-139.

Os leitores portugueses que não percebam certas expressões usadas no Brasil
e os leitores brasileiros que não entendam algumas expressões correntes em Portugal
dispõem aqui de um Glossário de gíria e termos idiomáticos.

02 Jan 18:48

Supermarx



Supermarx

02 Jan 18:47

Stunts: Fire Rides

by Acid Sweat Lodge

02 Jan 18:17

Garbage in, garbage out: Portugal’s dirty protest against the banks

portbinrub.jpg
 
In Portugal the refuse collectors are on strike, so people are leaving their garbage outside the banks.

According to Euro News, the garbage has been “piling up on some of the streets of the Portuguese capital Lisbon – where refuse collectors have been on strike for three days over plans to privatise the sector.”

Unions representing the refuse collectors estimate 85% of the workers support the strike, which is due to end on 5th January.
 

 
Via Matt Bloom, H/T Trevor Ward

02 Jan 13:48

18-12-2013

by Laerte

02 Jan 13:48

What It Feels Like

cleaning,gifs,waves,water

Submitted by: ToolBee

Tagged: cleaning , gifs , waves , water
02 Jan 12:41

The Time-Traveler’s Workday

by Doug

The Time-Traveler's Workday

Here’s more time travel.

02 Jan 12:11

Photo





31 Dec 14:50

i made a few more gifs of famous russian paintings — check...



i made a few more gifs of famous russian paintings — check ‘em out here.

31 Dec 14:19

December 28, 2013


KERPOW
31 Dec 14:09

Disobedience Research Continued

by Acid Sweat Lodge

31 Dec 14:09

ratak-monodosico: "I am tired of this world; these people. I am...



ratak-monodosico:

"I am tired of this world; these people. I am tired of being caught in the tangle of their lives. I am watching the stars, admiring their complex trajectories, through space, through time. I am trying to give a name to the force that set them in motion."

Alan Moore
Dave Gibbons
Watchmen

Doctor Manhattan

31 Dec 14:08

ratak-monodosico:   Living in the city



ratak-monodosico:

 

Living in the city

31 Dec 14:04

Photo



30 Dec 19:19

E se os presidenciáveis fizessem um acordo pelo direito ao aborto?

by Leonardo Sakamoto

A campanha de 2010 foi algo como um conclave, em que parecia não estarmos escolhendo um presidente da República e sim um novo papa por conta dos temas alçados ao debate público. Já 2014 será o ano de enterrar os direitos humanos em discussões associadas à questão da segurança pública, como a redução da maioridade penal. Bem, já discuti o tema por aqui e irritei muito leitor com sangue nos olhos – o que me trouxe grande satisfação. 

Nenhum dos quatro principais pré-candidatos até agora – Dilma, Aécio, Eduardo e Randolfe – irá abraçar um discurso mais conservador-religioso, apesar da influência de seus partidários e coligados. Pelo menos, não abertamente. Isso poderia depor contra uma imagem de modernidade e renovação que eles devem assumir para tentar conquistar o eleitorado.

Posto isso, queria propor um pacto. Não, pacto, não porque vão falar que é coisa do demo. Um acordo.  

Os direitos humanos são um dos temas que mostram convergência entre alguns setores do PSDB, PSB, PSol e PT. Nessas agremiações, houve quem defendeu o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, lançado no final de 2010, e que sofreu pesadas críticas se setores da sociedade como a igreja, os militares e o agronegócio. Os responsáveis pela área de direitos humanos do governo FHC, como o professor Paulo Sérgio Pinheiro, foram mais enfáticos na defesa do então ocupante da cadeira,  Paulo Vannuchi, do que muitas pessoas do próprio governo Lula durante a polêmica do PNDH.

Não estou dizendo que os partidos são iguais, longe disso. Apenas que há temas que encontram ressonância entre eles e que direitos humanos pode ser um deles – o atual PNDH manteve pontos, que hoje são considerados polêmicos, da sua primeira versão, lançada em 1996, sob o PSDB, por exemplo.

Nesses partidos, há muitos contrários à adoção da pena de morte, à redução da maioridade penal e à prisão perpétua, e favoráveis à eutanásia, à ampliação dos direitos reprodutivos, à adoção de filhos por casais do mesmo sexo, à descriminalização do uso de drogas. Seja por anseio de igualdade, seja pela defesa do liberalismo.

Não acredito que Dilma, Aécio, Eduardo e Randolfe, na solidão de suas crenças pessoais, não concordem com muitos desses pontos acima. Ou, mesmo que discordem de alguns, não creio que entendam que a garantia de determinados direitos de minorias é uma questão de opinião individual e não de política pública. 

Lula já declarou que não importa que ele seja pessoalmente contra o aborto, mas sim que o tema deve ser tratado como saúde pública, uma vez que mulheres pobres morrem por causa de interrupções de gravidez feitas de forma precária. Fernando Henrique defende a descriminalização de drogas como parte do combate ao problema, tornando-se, nos ültimos anos, uma das principais vozes globais sobre o tema.

Vamos imaginar uma situação hipotética: considerando que quatro candidaturas vão ter a atenção dos holofotes, nada impediria que fechassem posição sobre alguns desses temas, comprometendo-se a implantar uma plataforma mínima para que o país desse um salto no respeito aos direitos humanos, caso eleitos. Sobraria tempo para debater outros assuntos relevantes.

Já que os agentes do discurso da segurança não vão deixar que o tema não seja usado como munição, sugiro a pauta do direito ao aborto. Um acordo em que, uma vez eleitos, os candidatos aceitarão avançar no debate através do envio de projetos de lei, na garantia real de atendimento de mulheres para os casos já previstos em lei (que hoje esbarra em uma série de problemas) e apoiar com mais vigor, junto ao STF, ações que rediscutam a interpretação ds lei quanto às limitações a esse direito.

Qual a consequência para suas campanhas? Perderiam apoio dos aliados mais conservadores? Considerando a qualidade de quem está do lado deles, isso seria uma benção, não um problema. 

Perderiam eleitores que já votaram neles e afugentariam fundamentalistas? A perda seria para todos. 

Seriam abandonados por parte de seus correligionários? Duvido. A busca pelo poder move montanhas. 

Afinal, ser uma democracia de verdade passa por atender aos anseios da maioria, mas garantindo a proteção da minoria.

Isso, é claro, está no plano da utopia, e soa a idiotice, porque a política real, cheia de traições e puxadas de tapete, não permitiria isso. Além do mais, a guerra campal e a baixaria já estão instaladas. 

Por muitos, a porrada será a opção escolhida. E não duvido que vivenciemos novamente experiências bizarras da eleição de 2010, quando houve até crianças apanhando de coleguinhas nas escolas de classe média alta paulistana porque disse que o pai votou em uma pessoa diferente dos outros pais. A verdade é que vivemos um momento em que o debate público com possibilidade de construção coletiva está interditado. 

E, para piorar, a campanha eleitoral não é o melhor momento para a discussão de temas públicos relevantes – ao contrário do que a teoria afirma. Pelo contrário, é quando marqueteiros dobram a realidade, procurando mexer com a emoção e não a razão dos eleitores. Qualquer tema que seja visto com potencial de angariar ou tirar votos será tratado como um carro em anúncio de TV. E vendido como tal. Ou seja, a verdade sobre o objeto em questão é um mero detalhe.

O melhor momento para discutir o tema seria ao longo de todo o ensino básico, com anos de reflexão em salas de aula, mas também em outros espaços comunitários e sociais, com pessoas preparadas para levantar junto aos jovens todos os pontos de vista, convidando-os a refletir sobre eles. Mas, apesar de direitos humanos ser tema transversal na educação, não tenho nenhuma fantasia de que isso ocorrerá no curto prazo.

Além disso, estamos na adolescência da internet. As pessoas estão descobrindo ainda como é gostoso ser irresponsável em debates nas redes sociais. Acham que não têm nada a perder em um falso anonimato. Com o tempo, isso vai passar. Mas, até lá, aguente a gritaria surda do pessoal com os hormônios à flor da pele, de um lado e de outro. 

30 Dec 18:20

"The purpose of understanding your privilege isn’t to make you feel something. Not guilt, not shame,..."

“The purpose of understanding your privilege isn’t to make you feel something. Not guilt, not shame, not anything else. It’s to help you understand that you have a set of things you take for granted that other people don’t have, so that you can change the way you act.”

-

tacit: Some thoughts on privilege: Look, it isn’t about your guilt. (via brutereason)

I haven’t read the entire piece, but this quote right here has a lot to do with this blog. -MG

(via thisisthinprivilege)

30 Dec 18:19

niggaimdeadass: the last one killed me 













niggaimdeadass:

the last one killed me 

30 Dec 18:18

notmycat801: Still makes me laugh.





notmycat801:

Still makes me laugh.

30 Dec 18:15

nevver: Madrid

30 Dec 18:15

halcyonglaze: Saw this on imgur and figured it could use a...













halcyonglaze:

Saw this on imgur and figured it could use a repost. One of the most perplexing problems with the film and television industry right now.

30 Dec 17:29

The truth about Obama’s indiscriminate and bloody drone war

predroneus.jpg
 
Earlier this year, investigative journalist Greg Palast wrote an excellent article on the documentary Dirty Wars , which exposed the horrific and illegal use of American drones to kill more than 17,000 people in Afghanistan and Pakistan.

The article was titled “The Drone Ranger: Obama’s Dirty War” and was written for Vice. Palast opened the piece by explaining how:

Every Tuesday, President Obama personally checks off the names of people he wants killed. George Bush, a bit more squeamish than Obama, never did that; but Mr. Obama felt those decisions were the president’s responsibility: he want[s] to keep his own finger on the trigger,” according to one report.  A tidy, scheduled man, the President only picks his victims once a week, now called “Terror Tuesday.”

Palast relates how amongst the many strikes ordered by Obama, there was one that killed Abdul-Rahman al-Awlaki, a sixteen-year-old “American kid”.

On October 14, 2011, in Shabwah province, Yemen, Abdul, went out with his cousins and friends for a good old US-style barbecue, when Obama’s drone fired a rocket, blowing the teenager to pieces.  Or I should say “piece.”  All that was left of Abdul was a piece of skull with long curly hair that allowed his relatives to identify this hunk of his head by his US-type haircut.

Obama didn’t order the killings (Abdul’s friends and cousins died too) as a random act of crazy.  No-Drama Obama doesn’t believe in random. Abdul’s problem was that his father was Anwar al-Awlaki.  Obama killed Abdul’s dad as well.  Daddy al-Awlaki, an American imam who voted for George Bush, had gone over to the side of the bad guys, and after leaving the USA, broadcast pro-terrorism radio reports from Arabia.

The thing was, this drone attack occured “two weeks after and hundreds of miles away from the site where rockets killed his father.” Obama’s “minions” then attempted to cover-up what had happened. Palast’s article can be read here.

Palast may have shocked those who think of President Obama as some kind of liberal “good guy”—as distinct from George Bush, apparently—and the use of drones as a necessary tool in the “war against terrorism.” But put it this way, if drones were used against America by a foreign power, as America uses them on Pakistan or Afghanistan, how long would it take Obama and co to declare such indiscriminate slaughter was an act of war?

Heather Linebaugh served in the United Stated Air Force from 2009 until March 2012, where she worked in intelligence as an imagery analyst and geo-spatial analyst for the drone program during the occupations of Iraq and Afghanistan. Linebaugh has written an article about the use of drones for the Guardian, titled “I worked the US drone program. The public should know what really goes on.” It’s an “Edward Snowden” moment, and which I recommend you read.

Whenever I read comments by politicians defending the Unmanned Aerial Vehicle Predator and Reaper program – aka drones – I wish I could ask them a few questions. I’d start with: “How many women and children have you seen incinerated by a Hellfire missile?” And: “How many men have you seen crawl across a field, trying to make it to the nearest compound for help while bleeding out from severed legs?” Or even more pointedly: “How many soldiers have you seen die on the side of a road in Afghanistan because our ever-so-accurate UAVs [unmanned aerial vehicles] were unable to detect an IED [improvised explosive device] that awaited their convoy?”

Few of these politicians who so brazenly proclaim the benefits of drones have a real clue of what actually goes on. I, on the other hand, have seen these awful sights first hand.

I knew the names of some of the young soldiers I saw bleed to death on the side of a road. I watched dozens of military-aged males die in Afghanistan, in empty fields, along riversides, and some right outside the compound where their family was waiting for them to return home from the mosque.

The US and British militaries insist claim that this is an expert program, but it’s curious that they feel the need to deliver faulty information, few or no statistics about civilian deaths and twisted technology reports on the capabilities of our UAVs. These specific incidents are not isolated, and the civilian casualty rate has not changed, despite what our defense representatives might like to tell us.

What the public needs to understand is that the video provided by a drone is not usually clear enough to detect someone carrying a weapon, even on a crystal-clear day with limited cloud and perfect light. This makes it incredibly difficult for the best analysts to identify if someone has weapons for sure. One example comes to mind: “The feed is so pixelated, what if it’s a shovel, and not a weapon?” I felt this confusion constantly, as did my fellow UAV analysts. We always wonder if we killed the right people, if we endangered the wrong people, if we destroyed an innocent civilian’s life all because of a bad image or angle.

As Linebaugh concludes:

The UAVs in the Middle East are used as a weapon, not as protection, and as long as our public remains ignorant to this, this serious threat to the sanctity of human life – at home and abroad – will continue.

Read the full article here.

Below Vice podcast featuring Jeremy Scahill, national security correspondent for “The Nation,” whose work covering America’s special operations [forces] and targeted killings in Afghanistan, Yemen, and Somalia is chronicled in the documentary, Dirty Wars: The World is a Battlefield.
 

 
Via the Guardian