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11 Oct 14:29

5 am, série do fotógrafo canadense Ponpon

by LNUS

5 am é uma série fotográfica derivada da insônia criativa, como nos diz seu criador, o jovem fotógrafo canadense que utiliza do pseudônimo de Ponpon. Designer gráfico por formação, apaixonado pela inspiração visual e coisas interessantes, com uma câmera na mão e uma leve caminhada pelas ruas de Vancouver, o jovem retratou o céu da cidade e sua vida matinal em diferentes pontos. Belo e sensível.

Para ver mais do trabalho do artista, visite seu site aqui.

08 Oct 13:01

Cinco pequenos-grandes clichês que assolam o cinema indie

by Bruno Ondei

Até os anos 80, cinema independente não era um gênero. Ser indie significava apenas não ser financiado por nenhum grande estúdio. Dos anos 90 para cá, indie virou um selo, uma classificação. Se por um lado isso acabou chamando atenção para cineastas pouco convencionais que puderam contar histórias raras de se ver no “cinemão”, por outro criou uma série de clichês e lugares comuns que viraram recursos fáceis para se aproveitar do hype indie.Na próxima sexta-feira (12), chegam aos cinemas do Brasil dois autênticos representantes do cinema indie como gênero. Moorise Kigdom é dirigido por Wes Anderson, cineasta já consolidado, que destacou-se com o incrível Os Excêntricos Tenembauns. Já Ruby Sparks: A Namorada Perfeita tem no comando Jonathan Dayton e Valerie Faris, em seu primeiro filme desde o sucesso de Pequena Miss Sunshine (2006).

Aproveitando essas duas estreias, vamos nos lembrar dos cinco maiores clichês do tal “cinema indie dos Estados Unidos”?

1 – O herói nerd

Antes retratados no cinema como feiosos, bobalhões e mal vestidos, os nerds tiveram sua verdeira vingança numa série de filmes que os transformaram em heróis. Claro que, para isso, eles ganharam um banho de loja e tratamento de pele. A estética do looser com coração de ouro ganhou o mainstream foi exportada para o cinemão, tendo no Peter Parker de ambas versões de Homem-Aranha um bom representante.

Mas, para isso, o nerd teve que cair no gosto do grande público. De Rob Gordon (Alta Fidelidade) a Tom (500 Dias Com Ela), passando pelo mais convencional Napoleon Dynamite, o looser foi adquirindo status de cool. Para alívio de muita gente. A venda de óculos de aros grossos e calças de veludo para garotos cresceu 85% desde a popularização do cinema indie americano, dizem estudos não comprovados.

2 – Garota fofa meio maluca

Se no cinema indie os rapazes são atrapalhados e tem dificuldades de interação social, as garotas são espertas, sagazes e sempre com uma resposta na ponta da língua. Além de lindas, costumam ter sempre um leve grau de excentricidade, que justifica atitudes pouco realistas, mas tremendamente cinematográficas.

O maior efeito colateral da valorização da “garota fofa meio maluca” é a pretensão de meninas do mundo real em se parecer com elas. Essas meninas estão por aí, fazendo videologs, carregando moleskines debaixo do braço, ostentando franjas com laços na cabeça e compartilhando receitas de cupcakes.

SummerJunoSamClementine… Todas elas estão sempre dispostas a compartilhar seu iPod com você, apresentando alguma banda indie pela qual você vai se apaixonar. O que nos leva ao próximo clichê.

3 – Trilha sonora moderninha

No cinema indie, a trilha sonora não pode servir só como trilha sonora. Ela precisa ser parte inerente à história. Ou você consegue pensar em (500) Dias com Ela sem lembrar em The Smiths? Ou ouvir falar de Encontros e Desencontros e não pensar em Roxy Music? Que tal lembrar de Hora de Voltar e o The Shins não vir a sua cabeça?

O filme indie atinge o seu objetivo principal – pelo menos no que se refere à música – quando seu CD de trilha sonora vira hit em amigos secretos de empresas descoladas. Juno, Pulp Fiction e Um Grande Garoto que o digam.

4 – Família disfuncional

Praticamente um subgênero dentro do cinema indie, essas famílias cheias de problemas a resolver inundaram os cinemas nas últimas duas décadas. O tom, sempre agridoce, tragicômico, fez plateias se identificaram com as famílias de A Estranha Família de IgbyPequena Miss SunshineDonnie DarkoA Lula e a Baleia e Os Excêntricos Tenenbauns. A vantagem disso tudo é que, na comparação, nossos almoços de domingo passaram a ser os eventos mais dentro da normalidade do mundo.

5 – Atores famosos em papéis pequenos

Nada como estar no elenco de um filme indie para ajudar a dar uma levantada na credibilidade de um ator. Se seu papel for ridiculamente pequeno e você tiver sua foto no cartaz maior do que a do protagonista, melhor ainda! Zach Galifianakis, Steve Carell, Kevin Spacey, Ewan McGregor, Justin Timberlake, Susan Sarandon, Bruce Willis …todos eles já deram as caras em pequenas produções.

O clichê fica ainda melhor quando o ator assina também a direção. David Schwimmer (o Ross da série Friends) comandou Maratona do Amor. Já Zach Braff é o diretor do über indie Hora de Voltar.

08 Oct 12:42

Violência Através do Tempo

by Ieda Marcondes
Joseph Gordon-Levitt em Looper, 2012. Filmes de viagem no tempo tendem a ter suas escolhas narrativas escrutinadas por uma parcela de espectadores excessivamente preocupados com coerência e lógica. Se eu voltar no tempo para avisar a mim mesma de um perigo iminente, nosso simples encontro já não alteraria todos os fatos futuros? E, com a [...]
08 Oct 12:14

Última chance: você sabe o que faz um vereador?

by admin7070

Agem com sabedoria aqueles municípios que promovem um treinamento dos respectivos vereadores, depois de eleitos, antes do início da legislatura

João Batista Herkenhoff, Direto da Redação

No próximo dia sete de outubro, o povo brasileiro elegerá, em cada município, o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores.

Este texto, publicado poucos dias antes do pleito, parece-me assim bastante oportuno. Acresce que primeiro de outubro é o Dia Nacional dos Vereadores. Essa efeméride reforça a boa inspiração de tentar responder, através destas linhas, a pergunta que dá título ao artigo.

eleições 2012 funções vereador

No próximo domingo, 7, a população brasileira elegerá prefeitos e vereadores no que será a maior eleição municipal de todos os tempos. Foto: divulgação

Quase sempre os cidadãos têm consciência da importância de votar bem na escolha do Chefe do Poder Executivo local. Mas é comum não se prestar muita atenção em que é o Vice-Prefeito do candidato escolhido. Também é frequente não se cuidar muito bem da escolha do Vereador.

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O Vice-Prefeito é o substituto do Prefeito, não somente nos impedimentos eventuais, como no caso de sucessão por vacância do cargo. Inúmeros vices têm tido ascenção efetiva aos mandatos, nos municípios, nos Estados e até mesmo em nível federal.

Ao votar no candidato a Prefeito, o eleitor sufraga, automaticamente, o Vice que o acompanha. Se o Vice não merece de modo algum a indispensável confiança, o certo é escolher a dupla (Prefeito e Vice) que mereça o crédito cívico.

Quanto aos Vereadores, integram a Câmara Municipal, ou seja, desempenham a função de Poder Legislativo, no âmbito local.O Município é a célula fundamental da vida cidadã.

Da mesma forma que o tão popular violão é uma caixa de ressonância que recolhe as vibrações da corda para amplificá-las, a Câmara Municipal deve ser a caixa de ressonância da cidadania. Ouvir o povo e amplificar a voz do povo é tarefa que a justifica e engrandece.

Os vereadores têm relevante papel dentro da comuna. Discutem e votam as leis municipais, elaboram o Orçamento, fiscalizam as contas dos Prefeitos, devem cuidar de tudo que interessa à coletividade. Ninguém está mais perto do povo que o Vereador. Não digo que o vereador deva ser, necessariamente, um intelectual, um douto, mas é bastante aconselhável que tenha um certo discernimento para desempenhar corretamente sua função.

Não se pode conceber, por exemplo, que um vereador desconheça a Lei Orgânica do seu Município, pois esta lei tem a força de uma verdadeira Constituição Municipal.Parece-me que agem com sabedoria aqueles municípios que promovem um treinamento dos respectivos vereadores, depois de eleitos, antes do início da legislatura.

Melhor ainda se fossem submetidos a treinamento os candidatos, levando-se ao conhecimento público o nome daqueles que, com humildade, aceitassem ser treinados. Esta útima proposta, contudo, é inexequível para o pleito que se avizinna.


05 Oct 18:41

Louva Deus-

by noreply@blogger.com (joão)
05 Oct 14:07

EA libera vídeo mostrando gameplay do novo SimCity

by Rafael Silva

Em março desse ano a Maxis, a subsidiária da EA responsável por todo e qualquer jogo da franquia “Sim”, anunciou que após dez anos de hiato a serie SimCity retornaria aos computadores. Na época a EA demonstrou um pouco da nova engine do jogo, chamada a Glassbox. Hoje a empresa liberou um vídeo no seu canal do YouTube mostrando um pouco de como o jogo deve ficar e algumas estratégias úteis.

No vídeo o designer principal do jogo, Stone Librande, mostra desde o básico, como onde criar sua cidade e como dividir as áreas, como também dá dicas do que fazer para deixar os Sims felizes. Ao longo do vídeo a mensagem “Not final software” é exibida várias vezes, o que indica que alguns itens de interface e design podem não estar finalizados. Mas os 9 minutos de vídeo demonstram bem o que esperar da Glassbox.


(Vídeo no YouTube)

Eu curtia bastante Sim City há alguns anos. Era um dos jogos que eu sempre instalava no meu computador depois que formatava, junto com StarCraft. Até hoje confesso que não estava tão animado pela volta da franquia mas o vídeo me fez mudar de ideia. Há alguns aspectos do jogo que eu não acho ideais, como a necessidade de uma conexão de internet constante. Mas se ele for tão bom quanto parece, vou apenas aceitar esse empecilho e dizer “HERE TAKE MY MONEY” no minuto que ele aparecer para venda no Brasil.

O novo SimCity tem data de lançamento estimada para fevereiro de 2013 e terá versões tanto para PC quanto para OS X. O jogo já está em pré-venda na plataforma Origin, da EA, por preços começando em 59 dólares.

EA libera vídeo mostrando gameplay do novo SimCity



05 Oct 11:59

Como o Digg foi salvo em apenas seis semanas

by Sam Biddle

A última vez que o Digg foi algo que valia a pena comentar, o Iraque ainda estava no meio de uma guerra civil e CPM 22 ainda tocava no rádio. O site caiu em ruínas. Ele foi vendido por trocados. E agora, do nada, ele está de volta – e voltou bem bonito. Agora, a equipe que o tirou da lama não está muito certo do que fazer.

Não há dúvidas de que o Digg já foi importante – ele mudou bastante toda a internet, lembra? É praticamente impossível visitar hoje um site – o nosso, inclusive – sem se deparar com diversas formas de compartilhar, comentar e contribuir para a história. O Digg criou isso.

Mas essa é uma velha e desbotada lição de história. E o declínio do Digg, em vez de sua ascensão, é preciso ser lembrado – foi um caminho para o inferno. E não para um inferno violento e barulhento, como o MySpace. O Digg foi se apagando, como um mercado abandonado, com placas caídas, janelas sujas e um estacionamento cheio de imbecis e bêbados. Então não foi uma grande surpresa quando o site foi vendido a preço de liquidação: US$500 mil por um site que já atraiu (dizem rumores) propostas de centenas de milhões de dólares de empresas do tipo do Google. Ele foi vendido pelo equivalente a troco de bala nos dias de hoje (lembre-se do Instagram sendo vendido por US$1 bilhão), e por algumas horas no dia do anúncio da aquisição, o Digg virou a piada da internet.

Então, tudo ficou escuro. Nós paramos de chacotear com o Digg, assumindo que nunca voltaríamos a falar nele. Nós estávamos errados.

Em curtas seis semanas depois de o site ser trocado por amendoins, ele renasceu. Mas não foi apenas um tapa no visual – o Digg está irreconhecível. O novo Digg é exótico. O Digg é… muito, muito bonito? E útil? Onde está todo o spam, os comentários lobotomizados, e a forragem do Reddit? Sumiram. Em vez disso você vai ver grandes e belos gráficos – imagine o Pinterest – e uma seleção das notícias mais interessantes do dia, com ênfase em tecnologia – pense no que o Digg deveria ser antes de ser arruinado. Tudo em seis semanas. A verdade é, não há tanta determinação como tanto desespero.

“O liquidante está vindo pelos servidores”, explica John Borthwick, CEO da Betaworks, a empresa que abocanhou o nome Digg. Nós conversamos na nova sede do Digg, o que atualmente é uma sala apenas, já que suas janelas estão sendo substituídas e o local está cheio de ar frio e serragens. O Digg precisava ser salvo antes que suas máquinas fossem desligadas, e ele tinha cerca de seis semanas para fazer isso. Antes do negócio estar fechado, Borthwick teve que mover o Digg antes que ele fosse apagado pelos servidores – o site inteiro estava em uma fossa financeira, sem esperanças de escapar. Por mês, o Digg custa cerca de US$250 mil para manter as luzes acesas, e o site arrecadava aproximadamente US$200 mil através de “propagandas desagradáveis”. Faça os cálculos. O site foi à ruína porque os leitores foram embora e, acima de tudo, por causa do excesso de spam. Borthwick não mede palavras para falar do antigo estado podre do Digg.

“Ele era o estrume, o buraco sem fundo de merda da internet que você caia às vezes. Tipo ‘esse site só tem propagandas, que que eu tô fazendo aqui’. Ele era esse tipo de coisa. Existiam alguns milhões de pessoas que eram simples usuários honestos que apenas queriam encontrar boas histórias e que tinham o hábito de visitar o Digg todos os dias. Eles estavam sendo cobertos por chorume.”

O Digg se transformou em algo constrangedor. E ainda, um pequeno time de 10 pessoas foi capaz de torná-lo no que você vê agora, em menos de dois meses.

Várias pessoas podem achar isso desanimador. Ninguém realmente queria que o Digg voltasse. Ninguém sentia sua falta. E, além disso, todos foram para o Reddit – e boa sorte se você acha que será fácil vencê-lo. Mas para a equipe que pegou o trabalho, esse desafio era empolgante pelo seu fator absurdo. Dá para fazer o Digg ser algo bacana novamente? “Eu fique pensando, tipo, que merda, a chance de fazer isso para milhões de pessoas era realmente fascinante”, diz o novo CTO do Digg, Michael Young. David Weiner, outro membro do núcleo de relançamento, sentiu a mesma coisa: “minha primeira reação foi como, ‘quê, em que ano estou?’ Mas parei de pensar nisso rapidamente, e foi como pensar que isso ainda não foi feito por ninguém, essa é a parte realmente animal. O jeito que eu descrevi o trabalho para meus pais foi assim: imagine que nós compramos o Arapuã e iremos trazer a marca de volta. Esse ficaram como – ah sim, Arapuã! Eu gostava dessa loja”. A natureza hercúlea em transformar águas passadas da internet em algo que vale ser clicado foi motivação suficiente, estimulando a equipe para jornadas de trabalho de 20 horas diárias, na base de “muito café [e] muita cerveja”.

E então a equipe, sem mesmo realmente saber o que iria fazer com a palavra Digg, fez algumas perguntas aos alguns milhões de perdidos que ainda se agarravam ao site, por lealdade ou hábito. Eles conversaram. Pediram conselhos. Perguntaram o que deu errado. Fizeram pesquisas online. Eles até chamaram Kevin Rose – mais conhecido por ficar rico com o Digg e depois meio que abandonar seu filho – para ser o “consultor externo” da marca. Exatamente a pessoa que você quer para ajudar a sonhar com o renascimento, certo? E após todas essas tentativas de brincar de Verdade ou Desafio com o Digg, a equipe transformou o Digg em algo que não tinha quase nenhuma relação com o que costumava ser. Bom para eles.

Mas a o tamanho da diferença do Novo Digg em relação ao Digg Podre é chocante, quase enigmática até. Uma das poucas coisas que sobrou para o Digg indiscutivelmente foram os alguns milhões de leitores atraídos pela palavra “Digg” e suas conotações, existentes ou não. Então, quando você vê o Digg renascer como algo que deliberadamente rejeitou quase tudo que nós esperamos do Digg, você se pergunta: por que eles fizeram questão de comprar o nome da marca? O site abandonou a página inicial hierárquica e a escalada que costumava ser um desafio amado pelos fãs. Em vez disso, a página inicial é uma grade gigante, sem uma ordem estrita. Números existem, mas estão afastados dos links, e o clássico botão Digg é algo do passado – é pequeno, e seu propósito não é claro. O que estamos “escavando”, então, como o nome sugere, e por quê? Não há comentários. Nem comunidades. Se o velho Digg está inundado de grupos de heavy users, a nova onda é banhada em anonimato.

Se você tirasse a palavra Digg, você provavelmente nem saberia que se trata do Digg.

E agradeça aos céus por isso. Após todo o feedback dos leitores e uma reflexão sobre o que eles queriam, a equipe do novo Digg decidiu rejeitar a alma do velho Digg: eles rejeitaram as pessoas. Pelo menos por enquanto. Borthwick admite que isso deixa “a experiência e as interações do site bem leves.” Leitores estão “sendo minimizados, por enquanto,” explica Borthwick. “Com o prazo de seis semanas, algumas coisas tiveram que ser sacrificadas.” Antes, existiam links voando por todos os lados, batalhando pela supremacia. Já o novo Digg é tranquilo, mesmo com menos possibilidades para o leitor interagir com cada história. Agora, obter um link na página requer um longo e bagunçado processo, explica o diretor editorial do Digg, David Weiner:

“Nós recebemos cerca de 25 mil links ao dia. E o que basicamente acontece é, um link não cresce ou bomba se ele não estiver sendo falado em outras redes [Twitter, Facebook]. A não ser que possamos dizer exatamente o que as pessoas estão falando, e tenhamos provas disso, nós não conseguimos aumentar os acessos  [de uma página].”

É por causa disso que o novo Digg tem um diretor editorial. Ele tem de administrar essa mistura de escolha de algoritmos, envio de links de forma democrática, e tem habilidades linguísticas. Algumas coisas merecem estar na página porque são populares, mas às vezes ótimas coisas são impopulares. Então é Weiner que sobe o “o que bomba” da internet, ignorando votos e envios de links, e manualmente coloca histórias importantes no topo, até mudando as manchetes. O Digg tem moderadores que cortam envios ruins (onde 99% dos casos trata-se de spam, de acordo com uma conta do próprio site).

Isso significa envolver os leitores menos do que antes. Borthwick afirma que isso é temporário – “O Digg é um verbo, não uma maldita revista, certo?” Mas é difícil ter algum senso de quão temporário, e como um Digg mais colaborativo ficaria no esquema atual. Minha sensação é de que a equipe também não sabe:: “nós só vamos descobrir através de tentativas”, explica Weiner:

“Em nossos corações, nós queremos construir algo que abra canais para a colaboração e que permita que nossos usuários informem o que aparece nas páginas. No fim do dia, isso facilita a interação humana. É assim que você cria aquele momento mágico com links de notícias e boas e histórias – quando você conecta isso com amigos, ou alguém que você não conhece.”

Eu questiono se conversar e votar nas notícias será algo tão importante quanto a notícia em si, como foi no auge do Digg. “É possível”, diz Weiner. O icônico botão do Digg irá algum dia voltar em sua forma original? “Espero que sim.” Questões sobre como o site irá parecer no futuro, ou como eles gostariam que o site parecesse no futuro, são respondidas primeiro com uma pausa coletiva para refletir, e depois uma variação de “nós ainda estamos experimentando coisas”. Vocês têm medo do Reddit? Outra pausa, e uma mistura de negativas. A equipe toda fala abertamente que o Digg não gera dinheiro no momento, e não existem planos concretos de como ele vai gerar receita no futuro. Isso está bem longe dos US$250 mil ao mês que o Digg precisa.

Todo o futuro do Digg parece ser um híbrido equilíbrio de incerteza e misteriosa felicidade. A equipe quer colocar divisores visuais do que as pessoas estão lendo e postando, como os relatórios úteis e fascinantes que o Google cria quando faz o Google Zeitgeist. Talvez eles expandam seu lado editorial para criação de conteúdo original, se distanciando de ser  estritamente uma ferramenta de agregação. Talvez eles adicionem uma sessão de comentários. Por enquanto, o Digg é “apenas um tipo de experimento e aprendizado,” diz Jake Levine, o gerente geral do site. “Precisamos pensar no tipo de ferramentas que usaremos para fazer o site mais inteligente e eficiente.” Ele senta ao lado de um copo com palavras impressas, “Fuck It, Ship It” (“foda-se, entregue”, em tradução livre), o slogan criado pela equipe. O método de operação, no momento, é basicamente jogar o site nessa teia chamada internet e ver o que cola. Felizmente para eles (e para nós como pessoas que gostamos de boas coisas na internet), grande parte é “colável” – apesar do rótulo Digg, e não por causa dele.

Eles não admitem isso, mas a equipe que existia antes da nova equipe não se deu bem. Eles correram para criar algo, e muitas vezes tiveram que acelerar demais, mas a pressa os obrigou a pensar rapidamente. Precipitadamente, até. Mas a escolha de abandonar quase tudo relacionado ao antigo Digg é uma das coisas mais inteligentes a se fazer, mesmo que fosse a mais rápida. O Digg estava fadado ao colapso, mesmo que o Reddit nunca tivesse aparecido: “o Digg era um produto incrível quando eram apenas algumas centenas de pessoas”, nota Levine. Então tudo isso foi para o lixo:

“Quando ele ficou maior, o que emergiu foi essa estranha dicotomia entre um grupo de heavy users que viam, tratavam e participavam do como uma comunidade, e havia o resto da audiência. Conforme a audiência crescia, os incentivos para spam e abusos levavam mais e mais tráfego do que sites como o Gizmodo – isso se tornou maior do que os incentivos para o engajamento positivo e significativo com outros participantes da comunidade.”

Aquela versão do Digg não irá voltar. E essa nova versão do Digg pode cair na escuridão como seu predecessor. Mas agora, mesmo competindo com o Reddit, Facebook e outras super forças, o Digg tem o mesmo apelo – não é simplesmente votar em histórias ou remover alguém com um polegar negativo. É o fato de que isso foi e pode ser um destino, um lugar onde você possa encontrar as coisas interessantes que você enviou para outras pessoas. Se o Digg pode ter novamente o controle da internet, isso é uma incógnita – mas se ele conseguir, será por meio de uma mistura de abraçar e rejeitar sua própria alma.


05 Oct 11:53

O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

by Flávio Morgenstern

joaquim barbosa O racismo petista contra Joaquim Barbosa no TwitterJoaquim Barbosa, o jurista que encontrou Frei Betto em um aeroporto e, mal sendo conhecido dos petistas, foi alçado ao STF quase simbolicamente como o primeiro negro a ocupar uma vaga na mais alta Corte do país, era um bastião do lado “plural” e simbolicamente (para variar) democrático do PT, como uma “contrapartida” aos outros partidos.

marop 01 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Era. Aparentemente, o PT colocou o primeiro negro no STF para mostrar seu “compromisso social”. Aí começa o julgamento do mensalão, o negro não dá a patinha e vão mandá-lo dormir na senzala pra reaprender humanismo progressista.

rdigi O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Joaquim Barbosa é o relator e um dos principais acusadores (ao contrário do que se pensava, Gilmar Mendes, o “tucano”, ganhou um destaque quase irrisório perto de Barbosa). Qual acusação a petistosfera militante faz contra ele? Citar a cor de sua pele. Reiteradamente. Ou, nos dizeres de Vinícius Duarte, acaso se fosse um Lewandowski que estivesse condenado petistas diriam que é um polonês que escapou de Auschwitz?

matupa O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Parece papo dos racistas rednecks que achavam um absurdo os EUA serem governados por um negro, ou a “elite” de bairros chiques que acha que empregadas negras merecem ser maltratadas por não pertencerem à sua mesma classe. Não é a tal “direita” que, quando ataca profissionalmente um negro, precisa lembrá-lo que ele é negro. Quem fez isso contra Joaquim Barbosa foi a tal esquerda. Foram os tais progressistas. São os caras contra preconceito, contra ditadura, contra o fanatismo hipócrita e histérico da classe média e do Cansei! que não sai do Twitter.

edugold O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Eu não lembro dessa tal “elite” citar a cor da pele de Joaquim Barbosa quando o ministro defendeu cotas no STF, mesmo sob o argumento de que o comportamento daqueles contrários às cotas demonstraria o fanatismo perigoso e reacionário dessas pessoas. Bobagem. Óbvio que alguns racistas são contra cotas. Mas isso não indica que ser contra cotas seja o mesmo do que ser contra negros (muito pelo contrário), e nem mesmo de que não existam diversas formas de racismo – inclusive as próprias cotas. Mas o que dizer do comportamento dos petistas contrários a condenar mensaleiros? Não há nada a ser comentado?

menon O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Uma menina falou em afogar nordestino que vota na Dilma, quase deu cadeia. Uma turma do PT diz que Barbosa não entra na Casa Grande, está tudo ok. Afinal, é pelo partido. E contra os velhos preconceitos da velha elite e da velha mídia. Afinal, se um negro estudou e entrou no STF, não é mérito dele (onde já se viu negro ter mérito?!), e sim o partido de Lula e Dilma que o colocou lá (por ser negro? e colocou o Dias Toffoli lá para quê?).

marop 04 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Assim, se Joaquim Barbosa conseguiu sua “cota”, deve subserviência e parcialidade absoluta ao PT. Sobretudo como juiz do STF. E se passa a condenar petistas citando um cartapácio de provas de mais de mil páginas, é acusado de “capitão-do-mato”, os negros que perseguiam negros fugitivos na escravatura (mesmo que Barbosa não esteja perseguindo pobres, e sim a elite mais dominante do país há uma década).

artmew O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

basil O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Não foi nem o típico “racismo a favor”, como aquele da Carta Maior, que acha que talento de negro é escola de samba e futebol. Foi o racismo declarado: se é negro, deve nos obedecer, porque, supostamente, somos o único partido que defende negros. Estranho: além da injúria racial, os petistas estão cada vez mais desabridos para falar que indicam ministros pro STF “não para apenar como estão apenando”, Ora, juiz do STF não está lá para julgar? Para haver separação entre poderes? Ou o PT o colocou lá para não apenar, não importando o ilícito cometido? (a família do Celso Daniel deve confiar mais na segunda hipótese).

joped  O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

marop 02 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Para piorar, por que só conseguem olhar para Joaquim Barbosa pensando: é um negro? Não conseguem enxergar seres humanos independentemente de cor de pele, tal como alguns (inclusive da “classe média conservadora”) enxergam? Tal como existem cores e tipos de cabelo, altura, massa corporal, espinhas ou timbres distintos de voz (todos passados geneticamente, e mais dominantes em uma etnia do que em outras), e é possível olhar para uma pessoa, gostando dela ou não, sem pensar: “aquela morena de cabelos ondulados, um pouco alta, massa corporal tipo ‘cheinha’, baixa incidência de espinhas e contralto”, por que não considerar racismo que um dos ministros acusadores seja sempre lembrado como “um negro” quando atacado – por petistas?

palmdo O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Enquanto isso, vamos proibir Monteiro Lobato, ursinho Ted, propaganda de calcinha da Gisele. Mas não petista proibindo Barbosa de entrar na Casa Grande.

marop 06 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Esse é o típico progressismo atual. É o feminismo do olho roxo do Netinho de Paula. É a Marta Suplicy perguntando sobre seu adversário: “É casado? Tem filhos?”. É a preocupação com a hipersensibilidade de alguns, que gera filmes do ministério da Educação (ainda comandado por Haddad) mais vexatórios em sua “conscientização” do que qualquer piadinha já ouvida na Via Láctea. É o tratamento racial igualitário, em que defendemos os negros, e por isso os negros devem nos obedecer e dizer “sim, senhor”. E, claro, os preconceituosos são… os outros.

emers O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

marop 03 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Mesmo que, para isso, valha até pintar Joaquim Barbosa como um cruel ditador africano:

gusta1 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Ou, num auto-coitadismo que chega a parecer uma confissão, compará-lo a um juiz do Tribunal de Nurenberg:

gers1 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Não sabemos se melhor ou pior, mas vale até tentar dizer que Barbosa é um… mensaleiro!

mau samp O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

Como bem lembrou Vladimir Aras, o pessoal que está cometendo injúria racial contra o ministro Joaquim Barbosa pode precisar de um habeas corpus do STF uma hora dessas.

marop 07 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

marop 05 e1349373758125 O racismo petista contra Joaquim Barbosa no Twitter

com ajuda no rastro de imagens de Alexandre Gonçalves e do Tumblr Governismo, a doença infantil…

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05 Oct 11:52

Catoteca #27 – Os piores “complete os espaços” musicais

by João Pedro Ramos
Paulo José

cantando riffs

Provavelmente, em algum momento da sua vida, você já foi a algum show e descobriu que estava cercado por idiotas. Normalmente, o momento desta descoberta acontece quando toca “aquela” música famosa da banda e os fãs bradam a plenos pulmões algumas frases que você nunca soube que existiam na música.

Não entendeu? Eu explico. Você deve conhecer algumas músicas que, ao vivo, ganham a indefectível participação da plateia, incentivada pelos artistas. Um bom exemplo é o “ôôôôô” no refrão de “Pobre Paulista”, do Ira!, que apostava nesse “backing vocal da galera”. Porém, existe uma forma maligna de participação da plateia: a “frasezinha que completa”. Uma parte da letra que não está no disco, não foi escrita pela banda e que os músicos normalmente odeiam que seja cantada, mas que a multidão acha engraçadíssimo gritar nos shows. Entendeu? Não? Seguem alguns um Top 5 dos piores exemplos de músicas que ganham complementos. Entre parênteses, fica o que os renomados menestréis da plateia gritam a plenos pulmões. Prepare seu cérebro, pois estes “complementos” possuem QI menor do que Forrest Gump.

5- Kid Abelha – “Pintura Íntima” A canção pop açucarada dos anos 80 da trupe de Paula Toller foi sucesso em todo o Brasil. E todo mundo sabe: o que é sucesso ganha paródias e versões. Nesse caso, algum gênio do humor conseguiu deixar a musiquinha mais “divertida” para ser cantada no recreio da 3ª série.

“Fazer amor de madrugada
(Em cima da cama, embaixo da escada)
Amor com jeito de virada
(Primeiro a patroa, depois a empregada)”

4 – Skank – “É Proibido Fumar” O Skank reinventou o clássico do rei perneta Roberto Carlos com uma levada meio Apache Indian, lembrando o sucesso “Boom-Shak-A-Lak”. O problema é que a versão chamou a atenção dos adolescentes, que resolveram deixar explícito o que ficava sutilmente subentendido na letra original. Porque duplo sentido é coisa do passado. Os jovens de hoje não captam o que estaria subentendido. E o Devo e sua de-evolução continua corretíssimo.



“É proibido fumar (MACONHA)
Diz o aviso que eu li
É proibido fumar (MACONHA)
Pois o fogo pode pegar”

3 – Legião Urbana – “Que País É Esse?” A canção da bandinha punk Aborto Elétrico foi amenizada na versão Legião Urbana do negócio. E, como no exemplo acima, o público resolveu ajudar a “completar” o refrão e deixar bem claro do que se trata o refrão. Com um palavrão fora do contexto, os “revoltadinhos” gritam e se sentem verdadeiros Che Guevaras contra tudo que há de errado no país. Votar direito que é bom… ah, isso não.

“Que país é esse? (É a porra do Brasil)
Que país é esse (É a porra do Brasil)”

2 – Tchakabum – “Olha a Onda (Tesouro de Marinheiro)” Baixei o nível aqui, mas foi necessário. Essa tem um dos exemplos mais clássicos de complemento feito por plateia. No caso, a massa enfurecida busca denegrir a imagem da garota citada nessa contagiante canção dos anos 90. E eu aposto que você sabe a coreografia dessa porra de cabo a rabo. Ah, e eu descobri esse subtítulo agora.



“Olhou o seu rostinho
(Cara feia!)
Olhou a barriguinha
(Barriguda!)
Olhou o seu pezinho
(Que chulé!)
Olhou todo o corpinho, deixe que eu vou te enxugar”

1 – Todos os shows de metal Se você é normal, mas já foi em um show de metal, sabe que os “metaleiros” (porque headbanger de verdade não faz isso) adoram participar do show de sua banda favorita. Como? CANTANDO a maioria dos riffs e solos das músicas. Um dos exemplos mais populares é o “ôôôôôôô” interminável da introdução de “Fear Of The Dark”, do Iron Maiden. Mas essa vocalização não acontece só com a Donzela de Ferro: Metallica, Guns and Roses, Scorpions, Whitesnake… quase TODAS bandas têm o seu momento. Ugh.

“(ôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôô)”

Lembra de mais algum exemplo? Qual mais te irrita? Você gosta de algum desses arremedos da plateia? Conte nos comentários.

04 Oct 19:26

Lourenço Mutarelli e o sucesso do fracasso!

by Hell

Olha só, nerds DESGRAÇADOS… Por pura sorte descobri que ninguém menos que Lourenço Mutarelli, o quadrinista e escritor responsável por Transubstanciação, Desgraçados, a Trilogia do Diomedes, O Cheiro do Ralo, Jesus Kid, A Arte de Produzir Efeito Sem Causa, entre outras… daria uma palestra numa unidade do SESC aqui na minha cidade, num evento quase sem divulgação.

Com o tema curioso “O Processo Criativo”, curioso proque já tinha ouvido ele falar sobre o bloqueio criativo que teve ao escrever um dos seus livros, imaginei que a tal palestra poderia se enveredar por algumas bizarrices, tal qual as HQs do autor no seu período mais sombrio

Ao chegar no evento, poucas pessoas realmente interessadas em quadrinhos, a maioria dos participantes eram formados por senhoras de meia idade que estudavam algum curso de licenciatura numa faculdade qualquer e estavam lá mais pela obrigação de ganhar o certificado pra abater nas suas horas de estágio e muitas demonstrando mal humor pela professora ter exigido que elas resenhassem as palestras (obrigando-as a verem inteira)…

Mutarelli subiu na bancada, se sentou na mesa foi apresentado por uma mediadora que também não sabia nada sobre quadrinhos, e se limitou a falar sobre O Cheiro do Ralo, material do autor que ganhou notoriedade entre o público mais leigo depois que virou filme e teve o arroz de festa Selton Mello como protagonista.

Muito solícito, Mutarelli disse que não tinha frescuras, que queria fazer na verdade um papo informal e disse que todos poderiam interromper ele quando estivesse falando e fazer perguntas a qualquer hora, disse que adorou o fato de ninguém estar filmando a palestra, pois assim não correria os riscos de se ver falando alguma besteira no Youtube dias depois… e começou a discorrer sobre sua carreira, sua visão sobre o mundo coorporativo dos bastidores da produção literária, dificuldades do quadrinista nacional e muito mais.

Lourenço relatou o duro dia-a-dia de um quadrinista escritor… disse que quando está envolvido com a produção de uma obra trabalha de 10 a 12 horas por dia, TODOS os dias, e que faz muitos trabalhos sob encomenda, e contou histórias hilárias sobre as exigências que os seus editores fazem...

Como por exemplo ter que inserir uma favela numa história que se passava dentro de um quarto de hotel simplesmente porque o filme Cidade de Deus estava fazendo sucesso… Ou quando teve que colocar batatas Chips na história porque o ator que POSSIVELMENTE faria o filme quando o livro fosse adaptado era garoto propaganda da Elma Chips

Mutarelli disse que sempre atendeu esse tipo de exigência, e que as vê, por mais absurdas que sejam, como um bom exercício para a capacidade de um escritor, mas que pretende parar um pouco de escrever “sob encomenda” (quando a editora sugere um tema e o contrata para escrever um livro a respeito) e se dedicar mais a projetos totalmente autorais.

O autor também falou que não se apega muito a seus personagens e que é uma verdadeira prostituta quando se tratade vender direitos para o cinema… Pois crê que a obra original continua com seu valor inabalado independente do que os produtores façam com o material no cinema. Disse que estranhou um pouco a estética de O Cheiro do Ralo na telona, pois ela é completmaente diferente do que ele tinha imaginado no seu livro e também citou outra obra sua que irá pro cinema, e que lhe foi apresentado o roteiro, e que é bem diferente do material original.

Entre informações ele intercalava relatando fatos de sua vida, e arrancava risos da platéia que no início não parecia muito interessada… Disse que era um cara popular na faculdade por ser um “artista” e que como todo idiota idealista achava que poderia mudar o mundo com sua arte, mas que fora daquele mundinho de poucos fãs e amigos universitários era visto mais como um freak retardado pelas pessoas “normais”…

Contou que começou a trabalhar numa farmácia, como gerente, e que foi caindo de cargo até se tornar empacotador, e que sua incapacidade de empacotar (os pacotes ficavam parecendo dinossauros, segundo ele) o levou a ficar numa sala isolada ao lado do banheiro (de onde saiu o nome “O cheiro do Ralo”) fazendo um trabalho que simplesmente não tinha importância nenhuma, e que esse foi só um dos seus “sub empregos” de uma longa carreira de fracassos profissionais até se firmar como quadrinista.

Falou do apoio de Marcatti e dos tempos de fanzineiro que resultaram na publicação dos seus primeiros álbuns e também da primeira grana como quadrinista profissional… Questionado sobre essa dualidade entre quadrinista/escritor, Mutarelli disse que o Quadrinho é a sua verdadeira praia, mas que não se vê tendo uma produção maior hoje em dia devido às dificuldades de se produzir e também publicar quadrinho no Brasil.

Mutarelli gerou a revolta de algumas senhoras (futuras professoras) quando criticou o fato da professora do seu filho exigir que ele lesse Os Sertões, por achar que isso certamente traumatizaria qualquer adolescente que não tem o hábito da leitura e o afastaria completamente da possibilidade dele virar um leitor frequente de livros… Disse que sugeriu que o filho pegasse um resumo do livro na internet e completou dizendo que a professora deu 9,5 pelo trabalho, HAUEAHEUAEHAUEUAE.

Ele também relembrou dos seus tempos de Estúdio Mauricio de Sousa, que era um desenhista que não se encaixava no perfil da empresa e que acabou sendo incumbido apenas de fazer os desenhos de transição das animações da Mônica, dizendo que se vocês olharem quadro a quadro os desenhos animados antigos da Mônica poderão ver algumas “Mônicas monstruosas” de sua autoria quando a personagem está se movimentando, e que era sempre chamado pra desenhar cenários como “O Inferno”, “A Caverna do Troll” e outras bizarrices.

Lourenço terminou o papo falando sobre a realidade do quadrinosta nacional, disse que uma instituição famosa por aí, o contratou para uma palestra como ESCRITOR, e ele ganhou um gordo cachê, ficou num hotel bacanudo e que foi atendido por um Chef de Cozinha internacional que atende apenas 15 pessoas por dia… E que algumas semanas depois foi contatado por outra pessoa DA MESMA INSTITUIÇÃO, pra outra palestra, dessa vez sobre quadrinhos, portanto ele foi como QUADRINISTA, e recebeu um cachê 10 vezes menor e ficou hospedado num hotel muito mais modesto.

Encerrado o bate papo Mutarelli foi muito paciente em assinar os QUATRO livros da trilogia do Detetive Diomedes, e disse que achou uma pena o projeto cinematográfico do material não ter conseguido apoio pra decolar, ele desenhou o Cãozinho Sem Pernas (personagem crááássico dele dos tempos de fanzineiro) no meu livro e contou uma história em off quando eu perguntei se ele não havia sido convidado pra participar do projeto MSP 50 do Mauricio de Sousa que um dia, quem sabe, eu conto pra vocês…

Terminada a palestra, Loureço se desculpou com as senhoras da plateia por as ter feito perder a “Carminha e o Tufão” na TV… HAEUHAEUAEHAUEHAE

Por fim só me resta agradecer a oportunidade de participar de um ótimo bate papo com o quadrinista brasileiro que habilmente retira genialidade pura de seu assumido fracasso!!!

Se não conhecem o trabalho de Lourenço Mutarelli, sugiro que larguem um pouco seus mangás de merda e procurem suas obras!


04 Oct 17:31

Pesquisadores descobrem bactéria que produz ouro puro

by Jesus Diaz
Paulo José

uma bactéria que caga ouro, onde esse mundo vai parar

O ouro que você vê na foto acima não foi encontrado em um rio ou numa mina: ele foi produzido por uma bactéria que, de acordo com pesquisadores da Michigan State University, pode sobreviver em ambientes extremamente tóxicos e criar pepitas de ouro de 24 quilates. Ouro puro.

Esta criatura vai nos salvar da crise global? Claro que não, mas pelo menos ele pode tornar um pouco mais ricos os responsáveis pelo estudo: Kazem Kashefi, professor-assistente de microbiologia e genética molecular, e Adam Brown, professor-adjunto de arte eletrônica e intermídia. Se não for pelo ouro, será pela descoberta.

Kashefi e Brown criaram um laboratório compacto que utiliza a bactéria Cupriavidus metallidurans para transformar cloreto de ouro, um líquido tóxico que se encontra na natureza, em 99,9% de ouro puro.

De acordo com Kashefi, eles estão fazendo “alquimia microbiana” ao transformar “algo que não tem valor em um metal precioso sólido que é valioso”. Na verdade, o material tóxico que eles usam custa dinheiro – menos do que o ouro, mas custa.

A bactéria é extremamente resistente a este elemento tóxico. Na verdade, ela é 25 vezes mais forte do que se pensava anteriormente. A fábrica compacta dos pesquisadores – que recebeu o nome “A Grande Obra do Amante de Metal” – contém as bactérias, que recebem cloreto de ouro como alimento dos pesquisadores. Em cerca de uma semana, as bactérias fizeram o seu trabalho, processando o material tóxico em metal precioso. Os pesquisadores acreditam que este processo acontece normalmente na natureza.

Então, sim, basicamente, a Cupriavidus metallidurans pode comer toxinas e excretar pepitas de ouro.

Parece que os alquimistas medievais estava procurando a Pedra Filosofal – elemento mágico que poderia transformar até chumbo em ouro – no lugar errado. Não é um mineral: é uma bactéria. [Michigan State University]

O laboratório de ouro criado por Kashefi e Brown. Ele contém as bactérias e a porcaria tóxica que serve de alimento para elas.

Este é a Cupriavidus metallidurans em ação, comendo as toxinas e produzindo ouro.


04 Oct 15:30

Sai o trailer de Lords of Salem, novo terror de Rob Zombie

by Algures


Sim, é isso aí! Acho que todo mundo que sabe quem é Rob Zombie sabe também que ele, além de roqueiro é cineasta (tendo feito inclusive o remake de Halloween e sua continuação). E agora sai o trailer do seu mais novo trabalho.


“Lords of Salem” (que tem o mesmo nome de uma música dele) vai contar a história de Heidi, uma DJ de uma estação de rádio que recebe uma caixa de madeira contendo uma gravação. Ao ouvir, os ons bizarros automaticamente trazem flashbacks de um violento passado da cidade de Salem. Estará Heidi enlouquecendo ou os Lords de Salem estão retornando para se vingar na Salem dos dias de hoje? Confiram aí o trailer:

Bão, o Rob Zombie é muito louco e os filmes dele meio que dividem as críticas, uns são bem criticados, outros massacrados, e o saldo sempre é meio a meio. Eu particularmente gosto muito da Casa dos Mil Corpos e Rejeitados pelo Diabo, mas não curti tanto sua versão de Halloween. Pretendo assistir Lords of Salem, afinal, filmes sobre Bruxaria old school são pouco comuns hoje em dia em Hollywood. E além do mais, como dá para ver nesse trailer, mas também na própria forma dele fazer filmes, ele busca fazer uma coisa mais crua, mas que remete aos filmes de terror mais clássicos das primeiras décadas do terror no cinema (e um pouco de terror anos 80 também).


04 Oct 12:56

Goma-Laca

by Ronaldo Evangelista

Goma-Laca é um centro de descobertas dedicado ao universo da música brasileira produzida principalmente entre os anos 20 e 50 nos discos feitos de cera de carnaúba e goma-laca que giravam a 78 rotações por minuto.

Criado por mim e Biancamaria Binazzi, o Goma-Laca se desdobrou em alguns programas de rádio, profundas investigações na Discoteca Pública Municipal Oneyda Alvarenga (criada por Mário de Andrade em 1935 e até hoje casa de dezenas de milhares de 78s com músicas maravilhosas inéditas há gerações) e, em 3 de dezembro de 2011, um show especial reunindo no Centro Cultural São Paulo algumas figuras incríveis em releituras de pérolas sacadas sob medida.

Thiago França, Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Wellington “Pimpa” Moreira e Samba Sam, o quinteto Sambanzo, acompanhando Juçara Marçal, Emicida, Marcelo Pretto, Rodrigo Brandão, Bruno Morais e Luisa Maita, espetáculo único, agora disponível para além das 600 pessoas que encheram a Sala Adoniran Barbosa naquela noite de sábado: o usuário do YouTube saopaulopacaembu – que não conheço pessoalmente, mas a quem agradeço imensamente – filmou o show inteiro e subiu online.

Abaixo, faixa-a-faixa para play imediato e breves comentários contextualizadores.


Tranca-rua“, do 78 RPM Todamérica TA-5474, J.B. de Carvalho, 1954, canto pra Exu adaptado por J.B. de Carvalho e Otavio Faria, também conhecido como “Sino da igrejinha”, gravado por Martinho da Vila em sua “Festa de umbanda” em 1974 e recentemente abrindo o disco do Sambanzo, além de abertura de todos os shows deles desde sempre, abriu o show, claro.


Ogum-Yára“, ponto pra Ogum adaptado por Jorge Fernandes e Léo Peracchi em 1956 (e também gravado por Inezita Barroso em 1976), se viu revestido de novos tons afro, Sambanzo na pegada e Juçara Marçal melhor cantora do mundo.


Promessa de pescador“, 1939, primeira gravação solo de Dorival Caymmi, com acompanhamento de Conjuncto Regional por Laurindo de Almeida e Garoto, do 78 rotações Odeon 11760-B, alodê Yemanjá, canção sobre motivo praieiro da Bahia. Na voz de Juçara Marçal e versão do Sambanzo, nova modernidade, grande atualidade.


Man féri man” foi dos achados mais impressionantes: Jorge da Silva e Seu Terreiro, 1956, percussão e vozes roots total, adaptação do mesmo ponto de Oxum que rendeu “Ponto de Oxum”, de Toquinho e Vinicius, também gravado por Bethânia. Simbiose tão perfeita com Juçara, Kiko, Thiago, Cabral, que já foi incorporada ao repertório do Metá Metá em versão cada vez melhor.


Terra seca“, canção que Ary Barroso dizia ser sua melhor, emocionante estilização sobre o ponto de vista de um velho escravo, famosa na sublime versão dos Quatro Ases e um Coringa, de 1943, ganhou versão à Gil Scott-Heron, com groove nervoso e declamação intensa de Rodrigo Brandão.


Macumba-ê“, grande descoberta, de Zé Fechado e Oldemar Magalhães, gravada originalmente por Zé Fechado & Albertina no lado A do 78 RPM RCA Victor 80-1306-a, 1954. Reinventada completamente no sensacional beat futurista do Sambanzo e falas do Rodrigo Brandão.


Apanhei um resfriado“, clássico de Leonel Azevedo e Sá Róriz, gravado por Almirante em 1937 (aqui a versão do dez polegadas de 1956), fazendo a ponte com a prosódia única de Marcelo Pretto, em momento respiro do show, só com seu violão, atchim.


Yaou africano“, mais conhecida como “Yaô”, composição de Pixinguinha e seu irmão Gastão Vianna, gravada pela primeira vez por Patricio Teixeira no 78 RPM Victor 34.346 em 1938, aqui com Marcelo Pretto e Thiago França pixingando, aproximando samba de roda e canto de terreiro de preto velho, vamos saravar, Xangô.


Soca pilão” foi outra das maiores descobertas: canto de trabalho escravo de campos de café do interior paulista, recolhido e gravado em 1954 no 78 RPM RCA Victor 80-1286 (no lado b de “Estatutos de gafieira”, de Billy Blanco) por Inezita Barroso acompanhada de inacreditável batuque – de impressionar a ela mesma 57 anos depois -, em grande reinvenção por Kiko Dinucci, Thiago França, Sambanzo, Marcelo Pretto.


Isto é bom“, lundu de Xisto Bahia, pelo cantor Bahiano, primeira gravação comercial brasileira, há apenas exatos 110 anos, em 1902, 78 RPM Zon-o-phone 10.001. Inaugurando nossa música na malícia, todo o sentido até hoje (Gera Samba que o diga), Marcelo Pretto em intepretação suingada e genial percussão vocal.


Até a lua chorou“, composição linda e obscura de Silvino Neto, gravada pelo Grupo X, sexteto vocal paulista, do Bixiga, em 1936, no 78 RPM Columbia 8.172, veio direto do esquecimento para encanto moderno na voz de Bruno Morais, em levada puxada ao carimbó caribenho e o Sambanzo ajudando no coro.


Diagnóstico“, inesquecível pérola de Wilson Baptista e Germano Augusto, cantada por Aracy de Almeida em 1943 no 78 RPM Odeon 12.332, tem o cenário único de uma sala de raio-X e praticamente toda sua letra construída no discurso do doutor, obra-prima de composição sobre o micróbio da saudade. Em 2000 foi regravada por Cristina Buarque e aqui aparece na voz de Bruno Morais em versão cool sobre células, riffs e vazios.


Dormi no molhado“, samba-choro de Moreira da Silva, gravado no 78 RPM Odeon 12.144, 1942 (aqui versão do LP O Último Malandro, de 1958), crônica das suas cruzando a real, senso de humor, moral particular e breques, reinventado em groove caminhante do Sambanzo e na fala de Emicida, sem me dá me dá me dá, pura cadência, que flow.


Na subida do morro“, genial composição de 1952 de Moreira da Silva com Ribeiro Cunha (na verdade, comprada de Geraldo Pereira, segundo as lendas), faz a conexão definitiva entre o samba de breque e o rap, malandragem carioca e do Cachoeira, atenção ao solo de fristáile, Emicida em momento eletrizante.


Cafuné“, samba-jongo de Denis Brean e Gilberto Martins, foi gravado originalmente por Aracy de Almeida em 1955 no 78 RPM Continental 17.200, depois por Edson Lopes em 1957 no 78 RPM Odeon 14.202, por Zezé Gonzaga em 1958 no 78 RPM Columbia 11.071 e ainda por José Tobias no começo dos anos 60 em LP. Em cada versão a música revela novas graças, e muitas graças se revelam na versão do Sambanzo com Luisa Maita, groove sensual, clima e sugestão.


Lamento negro“, macumba em adaptação de Humberto Porto e Constantino Silva, é uma maravilha de destaque entre as muitas maravilhas do Trio de Ouro, de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Gravada originalmente pelo Trio em 1941 (em Iorubá), foi regravada por Stellinha Egg também em 78 RPM em 1954, depois por Nelson Ferraz em LP em 1956 e várias outras versões (a maioria em português), pra não falar na de Hélcio Milito em 1987. Puro transe a versão do Sambanzo e voz da Luisa Maita, altamente hipnótica, trip-hop pra Xangô, fim perfeito para um grande show.


Man féri man“, não poderia ser diferente, voltou pro bis, com Juçara Marçal e participação de improviso inspirado de Emicida, música que nasce no peito, bate como atabaque, eleva e esquenta.

04 Oct 12:19

Frases de efeito (retardado)

by Arnaldo Branco

Algumas frases que não entraram no meu livro (algumas devem ter entrado, mas essas eu achei em um arquivo chamado “sub judice”, hehe).

O cinema brasileiro é catástrofe por vocação

Não importa o tamanho da sua obra, ela sempre pode ser reduzida para caber na visão de mundo de alguém

Nasceu o filho da Gisele Bundchen, oremos que tenha herdado a beleza da mãe e a inteligência de algum parente distante

Quando lançarem o viagra do trabalho, entenderei

É por causa dessas bandas recomendadas por amigos e blogs da cena alternativa que sinto saudade do jabá

A ditadura da moda é uma espécie rara de totalitarismo, já que suas vítimas se submetem voluntariamente

Não sei como a Igreja ainda não excomungou o Manoel Carlos, com todas essas cenas sobre a necessidade de usar camisinha

O legal de não ter amigos é que você não precisa perder a piada

Toda vez que ignoro a reforma ortográfica me sinto como aquele japonês preso numa ilha que não sabia que a 2a guerra mundial tinha acabado

Método investigativo bem brasileiro: orelhada

Você percebe que habita outro universo sensorial quando alguém lhe pede motivos concretos para não gostar de Seu Jorge

Filme oficial da Copa de 1982 no Sportv, me sinto como um alemão assistindo o History Channel

Esse papo de que todo homofóbico é na verdade gay tem a mesma raiz do argumento de que toda lésbica é uma hetero mal comida

Merecida aposentadoria é um dos chavões mais batidos, deve ter sido usado até com o Pinochet

Poesia às vezes lembra o diário de uma adolescente que não sabe datilografar

Se você sente necessidade de dizer que não se leva a sério, já está se traindo

Qual a diferença entre um condenado a morte e a vítima de um acidente aéreo? O condenado tem direito a uma última refeição decente

Com essa mania de segmentação não quero nem saber do que se trata a revista Bons Fluidos

Brasileiro pede dinheiro emprestado como quem cobra uma dívida

Não tenho discernimento suficiente para entender a diferença entre perder feio e perder de cabeça erguida

Quando eu ficar velho também quero trabalhar como obstáculo em supermercado

Pessimista é o cara que acha que brasileiro só é patriota em Copa do Mundo; otimista é o que pensa que pelo menos tem uma ocasião

Não existe tema no mundo imune ao ponto de vista de um brasileiro

Jornalistas esportivos que não conseguem comentar sem estatísticas acham que o futebol brasileiro está muito amarrado a esquema tático

Se Cristo anunciasse sua volta agora sofreria séria concorrência de bandas gringas

Você que trabalha de 9 as 6 não fica cabreiro de ver músico reclamar da obrigação de tocar os hits?

Charlie Brown Jr é o equivalente poético da cantada de pedreiro

O mundo se divide entre os que querem alimentar o debate e os que acham que ele já comeu demais

A verdadeira escola do crime é a família

Brasileiro: telefonando atrasado para avisar que vai chegar atrasado desde 1500

Reductio Ad Invejinha: ato ou efeito de atribuir qualquer crítica ao recalque

Gente fazendo questão de crédito por piada ruim lembra grupo terrorista reclamando autoria de atentado

A justiça tinha que interferir nesses casos e tirar o direito de guarda dos Mutantes do Sérgio Dias

Os mendigos do Leblon são cenográficos

Quando se trata de patrulhamento ideológico, indie é pior que comunista

Quem escreve “petralha” é um petista do mundo bizarro

Não esperava o carro voador, mas achava que o futuro ia acabar com a fila de banco

Tenho impressão que só gente que faz artesanato compra artesanato

Só acredito em artista que faz voto de pobreza antes de fracassar

Hoje em dia tem tantas marcas diferentes no supermercado que parece que passei minha infância na Rússia comunista

A internet é o lar do inocente útil

Abraham Lincoln, que disse ser impossível enganar todo mundo o tempo todo, não conhecia o Gerald Thomas

Podia chamar Horário Eleitoral Obrigatório e Serviço Militar Gratuito, dava na mesma

A internet diminuiu o índice de músicos apadrinhados pelo Caetano Veloso

As operadoras de celular também se beneficiam dessas campanhas que dizem que não se deve reagir em um assalto

Não sei mais distinguir as celebridades das subcelebridades

Lendo os nossos colunistas a gente vê como é fácil fingir autoridade em um assunto

Dizem que a natureza é sábia, mas eu só conheço seu lado vingativo

Infelizmente nenhum aspirante a artista me mostra seu trabalho em busca de desencorajamento

Todo poeta que se declara marginal estudou em colégio particular

No dia em que conseguir distinguir duas músicas da Zélia Duncan vou considerar que tenho ouvido perfeito

Sujeito que se exalta com política ou tira partido ou é chato mesmo

Se você fizer uma música realista e descritiva sobre sexo e uma sobre amor perfeito e eterno adivinhe por qual vai ser chamado de imaturo

A independência do Brasil foi como se um playboy sem grandes ambições resolvesse conquistar seu espaço indo morar em outro apartamento da família

Nossa classe média às vezes lembra o chato do escritório que acha que só ele trabalha demais, só ele paga imposto, só ele merece ganhar bem

Reputação é aquele negócio que o pessoal anda sacrificando pela fama

Será que um dia os cientistas vão desenvolver um assunto imune à opinião do Caetano Veloso?

Uma coisa que acontece frequentemente na política brasileira: episódios isolados

Pra mim todos esses atores que fazem propaganda de banco sorrindo merecem o Oscar

Para sua manifestação de indiferença funcionar direito é preciso não se importar de verdade

Não sei em que país vive esse pessoal que só se dá conta da precariedade do nosso material humano em época de eleições

Em um país ideal as pessoas teriam que tirar brevê de comentarista político

“Você está podendo, hein?” No Brasil tem dessa: ostentador de pobreza

Respeito as religiões, especialmente aquelas que exigem horas de meditação em silêncio

O que diferencia o sacana do filho da puta é a pró-atividade

Na dúvida se no Brasil tem tanto filho da puta assim ou eles só estão ocupando lugar-chave

Acho que a intenção dessas palestras motivacionais em que funcionários de uma empresa dançam e cantam é estimular a falta de senso crítico

Deus mata os incréus por punição e os crentes como recompensa, que merda de programa de fidelidade

Bolei um jogo de cartas chamado Lógica de Mulher: é parecido com truco, mas faz menos sentido

Camiseta com frase espirituosa é para quem curte andar por aí exibindo uma piada vencida

Se Deus tiver o mesmo senso de humor dos seus seguidores vou preferir queimar no inferno

Assertivo: sinônimo de caga-regra para ser usado em entrevistas de emprego

E esse pessoal que diz que não leva desaforo pra casa? Paga imposto igual todo mundo

Um bom indicativo da ignorância é o tom professoral

O Brasil parece a Estrela da Morte, você atinge um ponto fraco e o sistema todo cai

Invenção últil: um corretor ortográfico que sublinhe clichês

A esposa atira os pratos e a amante é a destruidora de lares

Manobra diversionista clássica: se o camarada não fez nada de útil no ano, a culpa é do ano

Tenho certeza que o lucro recorde dos bancos vem da grana que eles economizam em atendente

Talento não é uma tatuagem nas partes íntimas: se a pessoa tem, é visível

Acho que as mulheres deveriam se preocupar mais com a desnutrição do que com a celulite

Não sei quem tem os mitos de origem mais idiotas, os super-heróis ou as religiões

A imprensa não sabe lidar direito com uma tragédia em que não pode culpar as vítimas

04 Oct 12:15

Advogados de estuprador tentam defendê-lo pedindo histórico das buscas da sua vítima no Google

by Katie J. M. Baker

Jennifer Bennett, uma garota de 23 anos, foi espancada, atirada ao chão e estuprada durante 5 horas por seu date encontrado no Match.com, o anestesista Dr. Thomar Bray. Seu estuprador foi condenado a 25 anos na prisão, mas não antes dos advogados de Bray tentarem ver a conta do Facebook de Jennifer, email e buscas no Google — a última delas foi um pedido extremamente raro e ainda não tinha sido visto em Oregon, o estado no qual o crime aconteceu.

Jennifer foi impressionantemente corajosa: ela se recusou a levar seu computador para o tribunal mesmo quando intimada porque ela não pensava que isso era justo e escolheu não ter seu nome protegido porque ela sentiu que isso poderia deixar implícito que ela havia feito algo de errado. Além de tudo, ela ainda teve que lidar com os comentaristas de internet que pensaram que ela foi idiota de ter ido ao apartamento do cara no primeiro encontro e a TV local, que focou no tamanho do seu sutiã.

Se você soubesse que você teria que ir contra tudo e contra todos para colocar seu estuprador atrás das grades — além do que você já havia passado — você faria isto?

Jennifer disse que ela foi violentada tão rudemente que ela espalhou seu cabelo pelo apartamento de Bray para que, se ela desaparecesse, as pessoas poderiam saber que ela tinha estado ali. A defesa dele? Bray, que tinha um olho roxo e pescoço inchado depois daquela noite, apenas se sentia estranho sobre a “transa bruta” que eles tiveram. Meu Deus. Nem Christian Grey de 50 Tons de Cinza forçou Anastasia a arrancar seus próprios cabelos de tanto desespero.

Os investigadores do escritório do xerife do condado de Deschutes receberam ordens para coletar o histórico de buscas de Jennifer no Google, aparentemente para que a defesa pudesse ver se ela havia “googlado” alguma vez a definição de estupro, o que implicaria que ela não sabia o que era estupro. A defesa do estuprador, então, usaria este argumento dizendo que ela nem sabia o que estava falando. Espera, qual o termo que define aquela coisa que acontece quando você é brutalmente espancada e violentada sexualmente por horas a fio? Preliminares?

Ainda bem que esta história tem o que podemos chamar de final feliz: os promotores recusaram-se a fornecer estas informações para a defesa e Bray foi considerado culpado por estupro, sodomia, estrangulamento e agressão. Mas os mesmos juízes consideraram Bray inocente do estupro e espancamento de uma outra estudante de 21 anos com quem ele saiu por três semanas no ano passado, em parte porque a estudante continuou a vê-lo depois do incidente.

Mas, que vagabunda! Nós nos perguntamos: o que ela “googlou” quando ela estava considerando processar seu estuprador? Deve ter sido: “porque meu cérebro está impressionantemente fodido ultimamente?”.

Bend rape victim — focus of attempt to search her Google queries — speaks out [The Oregonian]

04 Oct 04:16

The Space Opera War

by Eudes Honorato

THE GALACTIC WARS: THE LOST EPISODE

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Há um porrilhão de tempo, lá longe...

A Guerra Intergaláctica já durava 206.000 anos. Sim, imagina essa quantidade de tempo. Pensa só. É muito tempo. Até mesmo para os Khurans, que vivem em média 100.000 anos, se não não fumarem, beberem álcool desidratado ou chamarem as esposas de gordas, já haviam sido extintos. Na verdade, durante todo esse tempo, até algumas raças novas haviam surgido e entrado na guerra sem nem saber o motivo, e sido exterminadas. Aliás, o motivo, boa pergunta.

Ninguém mais lembrava. Guerrear se tornou uma espécie de vício. O Reino dizia que o motivo teria sido a negativa à rainha Dusu de uma banana que que ela teria pedido, durante o banquete Khatasar. A filha do Presidente Polk teria se negado a dar a única banana que ela tinha, para a Rainha. Mas, convenhamos, bananas vem da longíngua Terra Major. E são raras. Não é tão ridículo quanto parece.

Mas isso não bate com as datas. Dizem que isso aconteceu há 187.000 anos e não 206.000. O Grande Bibliotecário afirma categoricamente que o que iniciou a guerra foi um show musical, onde as letras foram ofensivas ao então Presidente Pradash. Ao que parece a letra falava em práticas libidinosas com partes apertadas e redondas de um homem chamado Pradesh. Sutil, não? Para piorar, a tal banda, chamada Reboot, era uma convidada do Reino, e a Rainha vigente, Solar, não quis pedir desculpas, nem degolar os tais cantores.

A guerra teria começado imediatamente, logo abarcando cada planeta da galáxia e proximidades. O Reino contra a Democracia, que não era tão democrata assim, já que arrebanhava soldados usando anéis de condicionamento, aplicados à cabeça. Os que os arrancavam levavam junto o cérebro. Tudo bem que alguns não tinha tanto cérebro assim, mas massa cinzenta é massa cinzenta, por menor que seja.

Logo uma massa Revolucionária se originou, depois de uns 46.000 anos de guerra. Eram liderados por uma espécie de guru. Não estavam do lado nem do Reino nem da Democracia. Tomariam o poder à força e fariam uma nova Galáxia, baseada no amor, na paz, e em bolinhos de fava com café antariano. Quem não ia querer? Bom, o Reino e a Democracia, claro.

Logo se formou uma coalisão entre os dois anteriores inimigos e se levantaram contra os Revolucionários, que se tornaram muitos, graças ao ódio crescente dos povos, contra a malfadada guerra. O guru que citei antes era Semântico, que pregava algo sobre um tal Poder que todos os seres teriam dentro de si, mas que poucos conseguiam encontrar dentro de si. Os que conseguiam eram os chamados merons.

Para se tornar um meron era necessário muito treinamento. E Semântico dizia que uma profecia apontava para um meron que acabaria com a guerra, mas apenas num futuro muito distante. Porém, não demorou para que a coalisão Reino-Democrata também encontrasse seu próprio abracadabra e sombrios homens passaram a governar a coalisão, tornando-se Reis-Presidentes, ou simplesmente, Repressores, como gostavam de ser chamados. Logo a guerra era Repressores versus Merons, em batalhas envolvendo magia e ciência. E assim foi por 206.000 anos. Até que...

Em uma lua distante o jovem Chegge Vhara se viu diante de um dilema ao encontrar uma mensagem em um biscoito da sorte meriliano. Dizia: "Hoje seu dia seria normal se você não tivesse que procurar uregntemente o meron Ing Marber Gman. O destino das galáxias repousa em suas mãos".

O jovem Vhara sempre sonhara em se tornar um meron, mas nunca imaginaria que um deles habitasse aquela lua escura e sem vida. Sem avisar seus pais, foi até a caverna onde vivia o tal meron e o encontrou consertando seus dois robôs, XYZ (-%107), chamado apenas de Exis. E o outro, menor, Poço de Amor. Vhara achou melhor não tentar saber porque o robôzinho tinha este nome e resolveu chamá-lo apenas de P.A.

Depois das apresentações Gman quis saber o motivo de Vhara estar dentro da sua caverna. Gman, disse que fazia tempo que ele não aparecia ali e Vhara disse que não se lembrava disso. Gman disse que foi quando ele era muito criança e terminou dizendo.

- Faz tempo que Vhara não entra aqui.

Mas vamos deixar as frases de duplo sentido de lado. Gman disse que já sabia que ele viria e sim, o treinaria, mesmo sabendo que, no fim, Vhara teria que enfrentar o terrível Repressor, Khan Tilena, e que ele seria ferido muito mais do que por espadas de energia. Aliás, Vhara sonhara com aquele momento, em que pegaria numa espada... de energia, e a usaria para lutar contra o Reino-Democrata.

Gman avisou que, depois do treino intenso de Vhara, ele teria que resgatar a princesa Amônia, filha de Cloron, regentes do planeta, Acqua Sani Tarius. Ela era uma cabeça da Revolução e não podia permanecer enjaulada por Tilena. Gman disse que faria com que Vhara encontrasse seu Poder o mais rápido possível, para que pudesse lutar e salvar a princesa. Mas, esse treinamento não seria completo sem ajuda externa. Teriam de encontrar o gigolô Bolo Young, o único que possuía uma nave mais ou menos em bom estado, e com preço reduzido. Teriam de aguentar seu bicho de estimação, Kádaver, mas isso era o de menos. O nome era devido ao fato de que os pêlos do bicho o faziam feder como um cadáver.

Chegge Vhara, Ing Marber Gman, Bolo Young, Kádaver, juntamente com os robôs Exis e P. A. teria de encontrar o novo guru dos merons: Roda Faltando, para que Vhara terminasse o treinamento e depois partissem em busca da Princesa Amônia, para salvá-la de Khan Tilena, o novo Repressor do Reino-Democracia. Acho que é um bom resumo. Que o Poder entre pelas suas costas. Até o Episódio Perdido II, se houver
.


04 Oct 04:12

Tiririca Bond em ação!

by Hell

Opa, olha só macacada… O novo filme da franquia 007 liberou mais dois trailers, e eles priorizam o lado massavéio das ações do agente secreto que todo mundo conhece a identidade…

Vejam aí dois comerciais novos recheados de cenas de ação:

Vale lembrar que a direção do novo 007 é de Sam Mendes, e que rolou um papo de que o diretor teria cortado diversas sequências de ação do filme para dar mais ênfase na história, desenvolvendo mais personagens e a trama… Obóviamente esses boatos geraram outros, de que os executivos do estúdio temiam que isso descaracterizasse o filme e levasse a uma perda de público por uma suposta falta de ação.

Por outro lado, alguns diziam que Sam Mendes poderia com isso levar a franquia 007 pra um novo patamar, fazendo com que o filme disputasse o Oscar nas principais categorias, e não somente a prêmios técnicos como outros filmes até aqui…

O que eu acho? Bão, não sei qual vai ser a desse filme, mas os trailers até que tem mostrado bastante cenas de ação, não sei se os produtores convenceram Sam Mendes de que ela era necessária, ou se os trailers estão sendo montados pra priorizar isso, criando uma falsa impressão pra gente… Mas foda-se!

De qualquer forma, saquem como os trailers do 007 são empolgantes, e muito por causa da trilha sonora característica e clássica do personagem, que engrandece muito as cenas de ação… Podiam mandar essa dica pros caras que montaram o trailer morto do filme do “Zorro” Cavaleiro Solitário!


04 Oct 04:11

Ajude a Financiar o Álbum do Petisco

by Cadu Simões

Financie o Álbum do Petisco no Catarse

O modelo de publicação de histórias em quadrinhos que utilizamos aqui no Petisco foi planejada para funcionar em dois estágios.

O primeiro estágio, que já está em funcionamento desde janeiro de 2011, consiste justamente em publicar aqui no site diversas séries em quadrinhos online e gratuitas para que assim possamos conquistar um grande público leitor fiel.

O segundo estágio por sua vez consiste em publicar de forma impressa os quadrinhos que são publicados online, sendo essas publicações suportadas pelo nosso público leitor fiel já conquistado. E é justamente esse estágio que começamos agora, pois acreditamos que nesses quase dois anos de vida do Petisco, já conseguimos conquistar um público leitor suficiente para essa nova empreitada.

A nossa ideia então é publicar uma coletânea de histórias inéditas de cada uma das séries em quadrinhos do Petisco, exceto Calundu e Cacoré. Serão histórias curtas, de 8 a 15 páginas, e fechadas. Ou seja, não haverá necessidade de você conhecer previamente as séries pra entender e apreciar as HQs publicadas nesse álbum (mas se você já conhecer, poderá apreciá-las mais ainda). E os quadrinhos do álbum poderão servir também como uma “porta de entrada” para as histórias das séries que já estão sendo publicadas no site.

Para financiar esse álbum do Petisco estamos usando o sistema de crowdfunding através do site Catarse. Esse sistema funciona da seguinte maneira. As pessoas colaboram com a quantia que puderem para a realização de um projeto (que no nosso caso é o álbum) e em troca ganham diversos brindes, dependendo do valor com que contribuíram. Caso o valor total para o financiamento não seja alcançado, os colaboradores recebem a grana que contribuíram de volta, e o projeto, infelizmente, não poderá ser realizado.

No nosso caso estamos pedindo R$ 15.000,00 (quinze mil reais), que deverá ser atingido até o dia 21 de setembro, do contrário, a grana volta para os colaboradores e o álbum não poderá ser impresso. Essa quantia que estamos pedindo será usada para cobrir os custos de produção e impressão. A tiragem do álbum será de 1000 exemplares. Ele terá aproximadamente 96 páginas em duas cores, capa colorida com orelha e o formato “americano”, 16cm x 25cm.

Apoiando com R$ 25,00 (vinte e cinco reais) você já garante o seu livro do Petisco com o seu nome impresso nas páginas de agradecimento (ou seja, funciona como um tipo de pré-venda). Para valores acima disso, você poderá adquirir bottons, postal, marcador de página, pôster, camiseta, original, e muito mais. O álbum já está em produção e nossa meta é lançá-lo em Outubro, para aproveitar os eventos de quadrinhos desse segundo semestre como a Gibicon em Curitiba.

Então, se você é leitor de alguma das séries em quadrinhos do Petisco, vá lá na página do Catarse, e nos ajude a financiar esse nosso primeiro álbum impresso. =)

04 Oct 04:11

Publique a sua webcomic no Petisco

by Cadu Simões

Enviei sua proposta de webcomic para o Petisco.

A ideia inicial do Petisco, como explicado neste primeiro post do nosso blog, era ter apenas sete séries de webcomics. Pois assim, com cada uma delas tendo uma página nova por semana, e publicadas em dias diferentes da semana, teríamos no Petisco ao menos uma página de quadrinhos nova todos os dias.

Mas com o grande crescimento de público que tivemos nesses quase dois anos de vida, achamos que valeria à pena aumentar o número de séries do site. Por isso decidimos que a cada semestre iremos acrescentar uma nova série ao Petisco. No entanto, como nesse ano não incluímos nenhuma série nova no primeiro semestre, neste segundo semestre iremos excepcionalmente estrear duas novas séries.

Então, se você quadrinista tem uma webcomic, ou pretende começar uma, e gostaria de publicá-la no Petisco, eis a sua chance. Segue abaixo um FAQ detalhando como funciona o Petisco e como você deve fazer para enviar a sua proposta de webcomic para nós. Importante ressaltar que as webcomics que não forem selecionadas para entrar neste semestre, ainda podem ser selecionadas para os semestres seguintes.

Como funciona a publicação de uma webcomic no Petisco?

Cada webcomic no Petisco possui o seu próprio blog, que utiliza o ComicPress, um template do WordPress próprio para a publicação de quadrinhos. A periodicidade de publicação da webcomic é de uma página por semana.

Que tipo de webcomic é aceita no Petisco?

Iremos dar preferencia as webcomics em formato de série, ou seja, quadrinhos que possuem personagens fixos que podem ser aproveitados em diversas histórias ou temporadas. No entanto, também aceitamos HQ fechadas, ou seja, aquelas que possuem uma única história com final determinado e que não permitem uma continuação ou novas histórias a partir dela. No entanto, a HQ deve ter no mínimo 100 páginas para ser publicada no Petisco (o que garantira no mínimo dois anos de publicação numa periodicidade de uma página por semana).

O que devo enviar na minha proposta de webcomic para o Petisco?

A sua proposta de webcomic para o Petisco deve conter os seguintes itens. Uma sinopse da webcomic, explicando o conceito geral dela. O argumento completo da história, no caso de uma HQ fechada, ou do primeiro arco de histórias, no caso de uma série. Sketches dos personagens. E ao menos cinco páginas da HQ finalizadas. Você deve enviar tudo isso para o e-mail petiscowebcomics@gmail.com

O Petisco paga aos quadrinistas pela publicação das webcomics?

Não, o Petisco não paga aos quadrinistas que fazem parte do nosso coletivo. No entanto, também não cobramos nada deles pelo uso do nosso servidor e domínio, além de oferecermos todo o suporte que eles precisam para gerenciar o blog de suas webcomics. Ou seja, o quadrinista não precisará perder tempo com as partes técnicas (e chatas) de administração e configuração do blog, e poderá dedicar esse tempo a produção de sua HQ.

Qual a vantagem de publicar minha webcomic no Petisco ao invés de publicar em meu próprio blog/site?

A principal vantagem de se publicar no Petisco, principalmente se for sua primeira webcomic, é que você não irá começar do zero, sem nenhum leitor, pois já contará com a comunidade de leitores que o Petisco conquistou.

De quem sãos os direitos autorais das webcomics publicadas no Petisco?

Os direitos autorais das webcomics publicadas no Petisco, tanto os direitos morais quanto os patrimoniais, pertencem aos seus respectivos autores, e apenas a eles. No entanto, todas as webcomics publicadas no Petisco devem estar licenciadas sob alguma licença Creative Commons, pelos motivos explicados neste post.

O Petisco possui exclusividade de publicação das webcomics que fazem parte do coletivo?

Não. Ou seja, se o autor de uma webcomic publicada no Petisco quiser publicá-la também em outro lugar da Internet, ele pode (como, por exemplo, em seu próprio blog, ou no facebook, ou até mesmo em outro coletivo de webcomics). No entanto, a página da webcomic deve ser publicada primeiramente no Petisco antes de ser publicada em qualquer outro lugar.

Posso posteriormente publicar a minha webcomic do Petisco de forma impressa?

Sim. E na verdade, incentivamos que você faça isso, pois o modelo adotado pelo Petisco consiste justamente em publicar primeiramente online e gratuitamente para formar leitores, e depois produzir um material impresso para poder vender a esses leitores conquistados no site. No entanto, qualquer material impresso feito a partir de uma webcomic publicada no Petisco deve conter o logo e o endereço do site do Petisco impresso em destaque, seja na capa, ou nas páginas internas. E isso vale tanto para a impressão de forma independente quanto por uma editora.

Posso personalizar o visual do blog da minha webcomic?

Sim. O Comicpress permite uma grande personalização do visual do blog. Mesmo se você não possuir conhecimento de HTML, PHP e CSS, é possível personalizar muitos dos elementos do blog através dos menus da dashboard do wordpress, como a imagem de cabeçalho e do fundo, a cor dos links, etc. No entanto, há alguns elementos do blog que são fixos e não podem ser alterados, como o logo do Petisco no rodapé do blog, os banners linkando aos outros blogs de webcomics do Petisco, etc.

Posso propor para o Petisco uma webcomic minha que já está sendo publicada?

Sim. Mas nesse caso, se sua webcomic for aprovada, ela deverá ser migrada para os servidores do Petisco, e para o sistema do ComicPress que usamos. No entanto, se ela já tiver um domínio próprio, você poderá continuar usando-o sem problemas, bastando apenas redirecioná-lo para o nosso servidor.

04 Oct 04:09

Sobre a “maciça presença” do relativismo

by Julio Lemos
Qual o oposto do relativismo? É difícil responder a essa pergunta, até porque não sabemos, sequer, o que é o relativismo. Dado que não existe uma autoridade jurídica que imponha que sentido deve ter esse termo, tentaríamos explicá-lo recorrendo a uma noção dicionarizada. O relativismo é o sistema de crenças segundo o qual não há [...]
04 Oct 04:09

GALINHAGEM, CONSERVADORISMO E SEXISMO

by blogs@interney.net (Fernando Gouveia)


Perguntei há pouco, no Twitter (embora já tivesse alguma noção das respostas gerais), se uma garota solteira que desse mole e pegasse geral seria "para namorar". Homens, no geral, responderam que não. Mulheres, em larga maioria, responderam que sim.

Daí fiz a pergunta no sentido contrário: homem galinha é "para namorar"? Os rapazes defenderam essa hipótese e as meninas já não foram tão enfáticas naquilo de "é direito dele". Mas pesquisas assim - embora elaboradas pelo infalível DataEU - nem sempre registram o tanto que as pessoas são incoerentes (sempre em favor de si próprias).

Os homens, na maioria, NÃO TOLERAM mulheres galinhas. Isso é um atraso, uma burrice, um comportamento idiota. As mulheres, sabendo disso, imputam (a meu ver, corretamente) machismo e tacanhice. Ok. Mas e o contrário?

Como qualificar a mulher que não aceitaria nem cogigar namoro com um rapaz pelo fato dele ser "galinha"? A pergunta se torna ainda mais perturbadora quando é uma garota que, no outro caso, acha perfeitamente normal uma garota que "sai com vários" ser também "namorável".

Minha opinião: quem tá solteiro tem mais é que fazer o que dá na telha, pois não tem compromisso com ninguém. Mas há, sim, um sexismo de ambos os lados e isso é, para dizer o mínimo, algo comicamente ridículo. Toda essa galera é, no fim das contas, bem conservadora - além de oportunista quanto à coerência.

Os homens, na grande maioria, não gostam desse negócio da mulher ter aprontado várias, e isso reflete insegurança e vaidade; as mulheres, idem, e por motivos muito parecidos. Resultado: muitos evitam curtir mais a vida como se estivessem numa espécie de exame de comportamento contínuo para a suposta (e muitas vezes inexistente) vaga de "cara-metade" de alguém.

Parem com isso.

Até porque o inaceitável, mesmo, é trair alguém, sair com outrem tendo um compromisso. E não deixa de ser lamentável quando esse tipo de falha é perdoável por quem não tolera a tal promiscuidade dos solteiros.

Ofertas: Um Caso de Necessidade, Gerenciando c/ as Pessoas

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* Comportamento - InterNey Blogs - InterNey.Net


04 Oct 04:08

Espetáculo de cidadania: estudantes de direito da USP em defesa de moradores de rua

by admin7070

A questão social bate à porta da Faculdade de Direito da USP. Estudantes  protagonizaram um espetáculo de cidadania ao organizarem um ato em solidariedade aos moradores de rua expulsos do entorno do prédio da Faculdade, pela Guarda Civil Metropolitana

Na noite de 17/09/12, estudantes da Faculdade de Direito da USP protagonizaram um espetáculo de cidadania ao organizarem um ato, que se estendeu até a manhã do dia seguinte, em solidariedade aos moradores de rua que foram expulsos do entorno do prédio da Faculdade, por ação da Guarda Civil Metropolitana.

Em apoio ao ato, cumpre consignar.

morador rua estudantes direito usp

Estudantes de direito da USP promovem ato em solidariedade a moradores de rua. Foto: reprodução/web

O local destinado a uma instituição pública de ensino jurídico deve ser reservado à produção de conhecimentos voltados à compreensão dos problemas das relações humanas, buscando a normatividade necessária para a superação desses problemas, vislumbrados numa perspectiva evolutiva do sentido da condição humana.

No Estado Democrático de Direito Social as instituições públicas e privadas, regidas pela ordem constitucional, devem funcionar em favor da construção da justiça social, ou seja, da eliminação das desigualdades econômicas, sociais, culturais e políticas, constituindo aparatos físicos e abstratos para a formulação de racionalidades e de práticas destinadas a conferir a todos os cidadãos uma existência digna e ao corpo da sociedade uma convivência solidária e pacífica.

Assim, foi uma irracionalidade contrária aos projetos da construção de uma sociedade formada à luz do Direito Social a atitude de se utilizar a força do Estado para retirar das bordas de um prédio público, no qual se situa uma Faculdade de Direito, pessoas que foram alijadas das políticas públicas desse mesmo Estado e que encontraram naquele local uma forma precária de moradia, fazendo-o, inclusive, como ato político para transmitirem a mensagem da sua existência.

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Retirar os moradores do local, sem a formulação de um projeto mais amplo de compreensão e de superação das causas da exclusão, efetuando-se, por conseguinte, apenas um deslocamento de pessoas, trata-se de uma negativa do Estado em assumir sua responsabilidade perante o problema.

A Faculdade, acatando pacificamente a situação, demonstrar-se-ia imprópria para a formulação de saberes jurídicos necessários ao enfrentamento da questão social.

É preciso reverter essa situação, mas não para que volte ao que era, vez que isso representaria uma simples reivindicação em favor da persistência da injustiça social.

Reivindicar a retomada da ocupação do espaço em questão pelos moradores de rua é um passo importante, mas é preciso ir além.

Essencial que se passe ao momento da superação dos obstáculos físicos e mentais que separam as pessoas que estão dentro e fora do prédio.

Relevante que não mais se tratem essas pessoas meramente pela fórmula abstrata e impessoal de “moradores de rua”, embora a expressão tenha forte e importante conotação política. Necessitamos conhecer quem são, de fato, essas pessoas. Qual sua história de vida? Que dilemas e angústias lhes afligem? Poderemos, então, formular saberes e desenvolver práticas solidárias válidas para o caso e para a constituição do sentido de cidadania, visualizando esses efeitos como expressão necessária da vivência jurídica.

Nesse contexto, a iniciativa dos alunos da Faculdade ao tomarem para si a responsabilidade de enfrentamento do problema, não permitindo que a situação, que reflete mais uma forma de violência do Estado frente à questão social, ficasse despercebida ou que fosse vista como normal e necessária, merece aplausos. Em concreto, a sua atitude resgata a todos nós como seres humanos e restitui à instituição do Largo de São Francisco um pouco de dignidade!

Por Jorge Luiz Souto Maior(*) – Graduação em Direito pela Faculdade de Direito Sul de Minas (1986), Mestrado (1995) e Doutorado (1997) em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pesquisa, em nível de pós-doutorado, realizada na França em 2001, financiada pela CAPES, sob orientação do Prof. Jean-Claude Javillier, professor da Universidade de Paris-II. Atualmente é professor livre docente da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: Direito do Trabalho, Teoria Geral do Direito do Trabalho, História do Direito do Trabalho, Direitos Humanos, Processo do Trabalho e Justiça do Trabalho.


04 Oct 04:08

Hebe Camargo e Eric Hobsbawn: o que há de comum entre as duas personalidades?

by admin7070

Hebe Camargo e Eric Hobsbawm: podemos elogiá-los à vontade?

Haroldo Sereza, revista Samuel

Veja que coincidência: quase um dia depois do outro, morrem Hebe e Hobsbawm. O que há de comum entre eles?

eric hobsbawm

O historiador Eric Hobsbawm. Foto: divulgação

Obviamente, nada. A não ser o fato de que ambos eram humanos.

No conto “O empréstimo”, Machado de Assis brinca que “há em todas as coisas um sentido filosófico” e narra o encontro entre Custódio e o tabelião Vaz Nunes.

Vaz Nunes é apresentado como um homem generoso, e Custódio, como um aspirante desastrado a burguês, de pouco faro para negócios e menos amigo ainda do trabalho. Custódio, querendo investir numa fábrica de agulhas, vai pedir dinheiro a Vaz Nunes, que se prontifica a ajudá-lo, lamentando apenas não ter os cinco contos de réis que o outro pede.

Custódio, no entanto, acaba aceitando a ajuda de Vaz Nunes, ainda que num patamar inferior. Vaz Nunes segue, então, dizendo não ter quase nada à disposição (apesar do seu sucesso como tabelião). Custódio vai baixando a demanda, até que o Vaz Nunes lhe dá cinco mil-réis, um milésimo do que pedira o outro. “Custódio aceitou os cinco mil-réis, não triste, ou de má cara, mas risonho, palpitante, como se viesse de conquistar a Ásia Menor. Era o jantar certo.”

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A simpatia de Vaz Nunes era apenas um modo de lidar com as oportunidades de negócios. Não há, de fato, um elogio ao tabelião no conto, mas a apresentação de uma sofisticada forma de negar sem negar, de dar para receber, de manter a cordialidade sem que Custódio lhe custe, de fato, qualquer tostão. E, se o gasto é inevitável, ele é um milionésimo do pretendido pelo interlocutor, ou seja, quase nada, o suficiente para um jantar barato: ou seja, a afeição é garantida ao preço de uma refeição.

Escrevi no Facebook dois posts hoje: um sobre Hebe Camargo e outro sobre Hobsbawm. No de Hebe, escrevi que “Hebe era uma chata, conservadora, que negociava suas opiniões. Completei que a perda dela era irrelevante”. Claro que peguei pesado: a morte de Hebe não é “irrelevante”, mas talvez devesse ser irrelevante. Ela foi uma figura criativa televisão brasileira, no pior aspecto possível: construiu uma comunicação social que legitima o poder violento, opressor e, ao mesmo tempo, simpático. Por muito tempo foi a fiadora feminina na televisão do regime militar.

Era, por outro lado, uma conselheira constante de outros apresentadores, transmitindo o seu legado e as relações de apadrinhamento num universo conservador. Sim, ela era admirada por algumas mulheres por ser “prafrentex”, digamos assim, mas a que preço? O do eletrodoméstico que estava ajudando a vender, tarefa pelo qual cobrava o suficiente para comprar todas as joias que adorava ostentar.

morte hebe camargo

Hebe Camargo. Foto: divulgação

Por outro lado, sobre Hobsbawm, notei que “um monte de gente que nunca leu uma linha de Hobsbawm, que nem sabia que ele era de esquerda, que acha o marxismo ‘ultrapassado’ e inútil lamenta a morte do historiador” – ou seja, como se sua obra, como a Hebe Camargo, não existisse!

Machado escreve que Vaz Nunes está morto e que, portanto, “podemos elogiá-lo à vontade”. Na verdade, devíamos seguir o exemplo do que Machado faz (e que é o contrário do que o narrador diz estar fazendo): não deveríamos elogiar nenhum morto à vontade, como se as pessoas vivessem apenas para virar mito.

Os mortos estão aí para serem pensados.

PS – Não posso deixar de publicar, aqui, as duas melhores intervenções na discussão que provoquei.

Heitor Ferraz Mello, ex-editor da Samuel, escreveu sobre a morte de Hebe:

A comoção da morte da Hebe é uma comoção televisa, tão só. Alguns ficam tristes. Outros, nem ligam. Na minha vida inteira, nunca precisei ver a Hebe na tevê. Minha mãe foi a primeira mulher a usar minissaia no lugar onde morávamos, um bairro militar, e nunca viu nadica da Hebe. Foi professora em colégios pobres e violentos de periferia sem precisar ver a Hebe.

Lidou com garotos armados em sala de aula sempre precisar da dona Hebe e seu puxa-saquismo empedernido. Nos últimos anos, ou seja, desde a queda do regime militar, Hebe era uma figura patética, pois não conseguia mostrar nenhuma admiração pela redemocratização. A Hebe era a mulher-mercadoria necessária num momento de progressismo, de crescimento da indústria de eletrodomésticos e cosméticos, e da própria televisão, como entretenimento e veículo de dominação ideológica. Ela não levantou nenhuma bandeira de comportamento feminista, mas apenas as dos produtos que vendia no ar.

Para isso, tinha de adequar seu discurso ao produto. Além disso, se não estou enganado, ela precisava humanizar os donos do poder, os milicos e governadores biônicos, mostrando-se afetuosa, ‘tadinho dele’, ‘que lindo’, ‘que fofura’ etc, falando docemente sobre sujeitos truculentos, que ela mesma admirava profundamente. Ou seja, ela também tinha de vender o poder durante a ditadura, ou apenas sustentá-lo com o discurso suave, da mãe compreensiva. Acho um horror esse culto à esta senhora que, ao lado de outras figuras tidas como reis e rainhas da comunicação, tipo Chacrinha, era o lado mais obscuro e conservador deste país. Triste país em que os reis da comunicação são essas figuras…

Na mesma semana em que a dona Hebe morreu, morreram o poeta Affonso Ávila, o romancista Autran Dourado, que viraram notinhas nos cadernos de Cultura do eixo Rio-São Paulo. (…) Quem tiver interesse em entender o fenômeno Hebe, pode ler ‘A noite da madrinha’, de Sérgio Miceli. Hebe morreu, mas já estava morta desde os anos 80, quando a ditadura acabou. Era apenas um arremedo de Hebe na televisão, sem seu produto principal para vender: a ideologia da farda.

E Lidiane Soares Rodrigues, sem querer, acabou me sugerindo o texto de Machado, ao escrever sobre os elogios vazios a Hobsbawm: Acho que ao lado da opção ‘curtir’ no Facebook poderia ter ‘lamentar’ – pois é isso que sinto toda vez que tentam pegar capital simbólico de empréstimo, como é o caso.


04 Oct 04:08

Pipoca e Nanquim – Videocast 130: Quadrinhos Europeus

by Antonio Tadeu

No calor senegalês da semana passada pedimos neve, e em muitos lugares do país o pedido parece que foi atendido. Bateu um frio até dá para lembra um pouco o clima europeu. Aproveitando a deixa, o Pipoca e Nanquim tratou de preparar um programa com alguns sucessos dos quadrinhos do Velho Mundo.

130 – Quadrinhos Europeus – Pipoca e Nanquim por pipocaenanquim no Videolog.tv.

 

Assista mais vídeos do Pipoca e Nanquim clicando aqui.

03 Oct 19:26

Meu iPhone branco é doce, doce: Nokia, você ainda quer me convencer a andar com o Lumia amarelo?

by Emanuel Laguna
Laguna_SamsungS3_03out2012

A fila para comprar o iPhone 5 na loja da Samsung.

Logo depois do evento especial da Apple, a Samsung aproveitou o momento de forte ansiedade alheia preparando uma bela ação publicitária com o Galaxy S III.

O comercial da Samsung, lançado na mesma semana em que saía o produto concorrente, incluiu uma verossímil Apple Store falsa e atacava o então lançamento do iPhone 5 fazendo chacota do novo aparelho da Apple para quem estava na (longa!) fila para comprá-lo.

Ainda bem, para a Apple, que a Samsung não sabia dos problemas com a câmera do iPhone 5 naquele momento.

Voltando ao presente, mais especificamente ontem (2 de outubro), foi lançado um comercial alemão da Nokia (logo abaixo) em que há outra bela alfinetada à Apple:

Laguna_Lumia920_03out2012

Este é meu Lumia 920 amarelo, não tão doce quanto um caramelo?

Laguna_iPhoneLumia_03out2012

Nokia: iPhone é monótono.

A empresa japonesa finlandesa zomba, com o Lumia 920, do facto de o iPhone 5 ter apenas duas opções de cores, preto e branco, enquanto o smartphone com Windows Phone 8 será oferecido em diversas cores.

O curioso é saber que, ao contrário do Galaxy S III e do iPhone 5, este Lumia ainda não deu as caras no mercado (somente no final de outubro) e a Nokia já chama o principal smartphone concorrente de “chato e sem graça”.

Meio alheia à tudo isso, ao menos o vice-presidente de design da HTC está a se esforçar para obter “o melhor aparelho WP8”, inclusive batizando os modelos de Windows Phone 8S e Windows Phone 8X.

O tio Laguna acha que as campanhas publicitárias da Samsung e da Nokia foram muito boas, mas será que é necessário citar e caçoar do principal concorrente nelas? Não dá para tentar alguma campanha mais criativa e que não precise usar o iPhone para se promover?